População critica inércia da prefeitura na causa animal após ataques de cães em Juatuba

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Juatuba tem vivido um sério problema de saúde pública em consequência do grande número de cães de rua e, mesmo com o funcionamento do Projeto Animal Luz, a situação do município ainda é grave, pois a entidade não consegue atender toda a demanda. Os moradores reclamam que vários cães de ruas estão doentes e há risco de pessoas serem atacadas.

Um fato ocorrido nesta semana chamou atenção de populares e a inércia do poder público frente à questão animal foi novamente criticada. O SAMU foi acionado à BR 262, próximo ao Corpo de Bombeiros, após um cão atacar duas pessoas.

A primeira vítima foi um homem, de 43 anos, que estava consciente, com lesão no braço direito e apresentando náuseas e vômitos; já a segunda foi uma mulher, de 21 anos, que também estava consciente, porém, apresentava ferimento no braço direito. De acordo com as vítimas, o cão os atacou sem motivo, mas felizmente, eles receberam os primeiros atendimentos no Pronto Atendimento e foram liberados.

Pelas redes sociais, diversas pessoas cobraram atitude da prefeitura com relação ao controle e tratamento dos animais de rua.

Como reagir em caso de ataque

Segundo Telmo Santos, adestrador de cães, existem diversos motivos que levam o cachorro a atacar. “O medo e a ansiedade são as principais causas para o cão tentar morder alguém. Se ele estiver doente ou sentindo dores, também pode ocorrer um ataque”, explica o especialista. Muitas vezes, como mostra o adestrador, esses sentimentos podem surgir no cão a partir da atitude dos próprios donos, que costumam agir com truculência, seja retirando algo à força, seja gritando ou batendo no animal.

Geralmente, antes de atacar, os cães apresentam diversos sinais que podem ajudar a “evitar o conflito”. São os chamados “calming sinals”, sinais apaziguadores. O adestrador esclarece que o ataque só acontece quando esses sinais não são respeitados pela pessoa que está próxima do cão.

O especialista ressalta ainda que “os primeiros sinais de desconforto apresentador por um cão são a lambida no focinho e o levantamento de uma das patas dianteiras. Ele também pode virar o rosto, evitando contato visual”. Outros indicativos de que os cães estão tentando evitar um conflito são o rosnado e a exposição dos dentes, diz Telmo. O adestrador lembra que o fato de o cão balançar o rabo não é indicativo de que esteja feliz ou que deseja interação.

“Qualquer ação pode estimular o cão a continuar mordendo, por isso, é melhor se manter protegido até que ele pare de atacar. Se o ato persistir, tente ajoelhar-se, proteja a cabeça e os braços e não tente bater no cão. Caso o cão segure um dos membros com a boca, não tente puxar”, explica o especialista em caso de ataque.

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