Adelaide pode ser processada por acusar servidores da Saúde de “desídia”

Sindserp encaminhou ofício à vereadora solicitando retratação pública, ou cópia da documentação comprovando existência de medicamentos nos Postos de Saúde de Mateus Leme

0
345

Após denúncia na Câmara, a vereadora Adelaide Siqueira, realizou visita de fiscalização a um PSF, para apurar a falta de medicamentos. Durante a visita, a parlamentar solicitou uma listagem de medicamentos fornecidos por todas as unidades de saúde, auditou o documento, solicitando que os funcionários assinassem a listagem emitida. Naquela ocasião, segundo os servidores do PSF, a vereadora comprovou a falta de medicamentos, no entanto, em reunião da Câmara realizada no final do ano passado, afirmou em plenário que havia visitado postos de saúde, e que “os remédios não estavam em falta”. Disse ainda que “as atendentes não estavam tendo atenção de voltar os remédios para as prateleiras, que estavam virados para baixo e que ela mesma havia feito a fiscalização”.

Na mesma reunião, vários vereadores pediram fiscalização e confirmaram a falta das medicações. Inclusive, a vereadora Irene de Oliveira confirmou a falta das medicações em uma fiscalização. No entanto, Adelaide se exaltou com a parlamentar, afirmando que a informação seria falsa.

Esta semana, provocado pelos servidores da Saúde, o Sindicato dos Servidores Públicos de Mateus Leme, o Sindserp, encaminhou ofício a Adelaide, solicitando que a mesma se retrate publicamente acerca da acusação feita aos servidores da Saúde, “que se sentiram extremamente lesados profissionalmente e injustiçados moralmente, diante da desídia e negligência a eles imputados”.

“O Sindicato pede retratação pública por parte da vereadora, sob pena, em caso de descumprimento, de acionamento da justiça, na finalidade de buscar indenizações por danos morais”, disse Sindserp em documento.

Além do pedido, a entidade solicitou cópia da auditoria da vereadora para que seja comprovada a existência de todos os medicamentos em um prazo máximo de 10 dias, a contar da notificação. “O Sindicato não pode se eximir de acompanhar os servidores que se sentiram lesados e humilhados. Assim, esta é a oportunidade que a senhora possuirá de comprovar suas afirmativas na casa legislativa”, finalizou.