Juatuba e Mateus Leme vivem epidemia de Dengue

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A Dengue já se transformou em uma verdadeira epidemia em Minas Gerais. Até dia 17, Minas Gerais registrou 394.735 casos prováveis da doença. Desse total, 250.604 foram confirmados. Há 159 óbitos e 105 óbitos em investigação.

Em relação à febre Chikungunya, foram registrados 81.796 casos prováveis da doença, dos quais 58.348 foram confirmados. Até o momento, foram confirmados 32 óbitos por Chikungunya no Estado e 15 estão em investigação.

Quanto ao vírus Zika, até o momento foram registrados 169 casos prováveis. Há 28 confirmados para a doença e não há óbitos por Zika em Minas Gerais, até o momento.

Juatuba e Mateus Leme também estão com uma explosão de casos, mas a situação mais preocupante é em Juatuba. De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde, o município atingiu a marca de 991 casos de Dengue confirmados e mais 203 de febre Chikungunya. Em Mateus Leme, os dados apontaram 403 casos de Dengue e 44 de Chikungunya.

Municípios são capacitadas na metodologia Ovitrampas

Para intensificar o combate ao Aedes aegypti, vinte municípios que compõem a Superintendência Regional de Saúde de Belo Horizonte finalizaram essa semana uma série de reuniões técnicas e ações práticas para eliminar o mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya.

Referências de Juatuba, Mateus Leme e outros 18 municípios da região conheceram e se aprofundaram na metodologia de combate às arboviroses chamada ovitrampas. Nesse método, armadilhas de oviposição, ato de expelir os ovos realizado por fêmeas de animais invertebrados, auxiliam no monitoramento do vetor, sendo uma importante ferramenta que detecta a presença do mosquito em diversas áreas, além de apresentar pouca demanda operacional e baixo custo.

De acordo com um dos supervisores de Endemias e Zoonoses de Campo da SRS-BH, Douglas Teixeira da Silva, alguns benefícios do monitoramento por ovitrampas são que o método contribui muito na organização e planejamento das ações dos agentes de combate a endemias, na eliminação dos focos e criadouros dos mosquitos antes que a infestação se amplifique no território, além de evitar o surgimento de novos casos de arboviroses.

“As ovitrampas também são utilizadas para avaliar a efetividade das ações de controle realizadas pelas equipes dos municípios, por exemplo, após a realização de bloqueios com inseticidas”, disse.

A metodologia ovitrampas não substitui outros métodos de monitoramento de Aedes e sim complementa esses métodos, como por exemplo, o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti – LIRAa. Também é necessário destacar que a agilidade do processamento de dados e da informação gerada por meio de indicadores, com um menor custo operacional e a utilização de tecnologia de baixa complexidade, tornam o método ovitrampas uma boa estratégia a ser utilizada na rotina dos programas municipais de vigilância de todo o estado.

Como funciona

Em um vaso de planta preto é colocada uma quantidade de água, uma palheta de madeira e adicionada uma substância atrativa para o mosquito, que neste ambiente coloca os ovos. As referências em arboviroses dos municípios começam a fazer o acompanhamento desta armadilha e verificam os índices de proliferação do mosquito em determinada região.