Reparação Brumadinho: Projetos selecionados na Consulta Popular para Povos e Comunidades Tradicionais entram em fase de detalhamento

Iniciativas foram priorizadas por comunidades de Mário Campos, Mateus Leme e São Joaquim de Bicas

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Três projetos de reparação socioeconômica definidos a partir da Consulta Popular específica para Povos e Comunidades e Tradicionais (PCTs), da região atingida pelo rompimento da Vale em Brumadinho, entraram em fase de detalhamento.   
A Consulta Popular foi realizada entre julho e setembro de 2022 no âmbito dos Projetos de Reparação Socioeconômica para a Bacia do Paraopeba e para Brumadinho. O processo está previsto no Acordo Judicial de Reparação e ocorreu posteriormente à Consulta Popular para a população geral dos 26 municípios atingidos, realizada em novembro de 2021.  

Estes três projetos selecionados são para os municípios de Mário Campos, Mateus Leme e São Joaquim de Bicas. 

O detalhamento, planejamento que ocorre antes do início da execução, é realizado pela Vale, que possui a obrigação de execução destas iniciativas após a autorização para início, dada pelo Governo de Minas, Ministério Público de Minas Gerais, Ministério Público Federal e Defensoria Pública de Minas Gerais. 

Iniciativas 

Em Mário Campos, a iniciativa prevê a realização de cursos sobre educação financeira, empreendedorismo e carreira. Os detalhes específicos sobre o escopo serão definidos ao longo do detalhamento do projeto, com o envolvimento da comunidade Aldeia de Canjira. 
Para os municípios de Mateus Leme e de São Joaquim de Bicas os projetos visam o acesso à água às comunidades que serão atendidas, buscando garantir a segurança hídrica para diversos fins, incluindo o consumo humano e a realização de festividades. Nesse sentido, contribuem não apenas para melhorias na saúde, mas também para preservação do patrimônio imaterial, propiciando condições de reprodução cultural.  

Em Mateus Leme serão envolvidas no detalhamento e posteriormente atendidas pelo projeto as comunidades Bakise Bantu Kasanje, a Associação Cultural e Tradicional de Matriz Africana Bakise Mona Ixi e a Nzo Nguzu Kukia. Já em São Joaquim de Bicas, o projeto deve ser implantado no Centro Cultural e Religioso Ilê D’lOya e na Tenda Espírita Cabocla Janaína.