Sem ter como trabalhar, situação dos catadores do lixão de Azurita é precária

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Na última semana, o Jornal de Juatuba e Mateus Leme recebeu denúncia sobre a retirada, à força, dos catadores do lixão de Azurita, depois da chegada de maquinários que começaram a revirar o lixo, aterrando os materiais e colocando em risco a segurança de quem trabalha no local.

Com o temor de ficarem sem a principal fonte de renda com a intervenção de uma empresa terceirizada, cerca de 20 famílias passaram a ocupar o local, fazer protestos durante o dia e a impedir a passagem de caminhões.

Durante uma abordagem, vídeo gravado por populares, mostra quando catadores sobem em um caminhão e retiram materiais recicláveis, antes mesmo que o veículo da empresa terceirizada pudesse fazer o despejo no aterro, para que, na sequência, o lixo fosse coberto com terra.

Sem informações

As intervenções têm deixado os gestores da empresa insatisfeitos e para a desocupação do local eles acionaram a Defesa Civil municipal e a Polícia Militar. Segundo informações repassadas à reportagem, a vinda da empresa que está realizando a coleta para Mateus Leme foi intermediada pelo Secretário de Administração, Fabrício Nuno Canguçu.

Mistério

A Comissão de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Cultural, Científico e do Meio Ambiente da Câmara já solicitou à prefeitura explicações acerca das intervenções no lixão de Azurita. Os vereadores questionam qual o nome da empresa, querem acesso ao contrato social e quem é o gerente administrador da usina que realizará o beneficiamento do lixo.

Os parlamentares cobram também respostas a acerca da localização da sede da empresa, quem é o responsável pela liberação de alvará para o funcionamento do empreendimento e as respectivas autorizações da pasta de Meio Ambiente do município.

A comissão do Legislativo também quer saber quantas pessoas trabalham no lixão de Azurita e se existe algum planejamento da prefeitura para amparar essas pessoas. Por fim, os parlamentares cobram documento celebrado entre o município e a ASCALEME, envolvendo catadores e maquinários. O prefeito ainda não respondeu o pedido de informação.