Médica denuncia ter sido vítima de racismo dentro de Policlínica de Juatuba

Polícia Militar foi acionada e caso foi gravado em vídeo

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Imagine trabalhar em um plantão de 36h e ao fim, exausta, ser vítima de racismo dentro de uma unidade pública de Saúde. “Uma médica da sua cor”. Foi esse o comentário feito por um homem esta semana, dentro da Policlínica de Juatuba ao abordar uma médica, dentro da unidade.

Esse foi um, dos inúmeros casos que acontecem diariamente com médicos negros no Brasil. Só que desta vez, o caso foi exposto na rede social através da gravação de um vídeo feito pela própria médica, que tem uma página na internet chamada “Negritude de Jaleco”, com mais de 114 mil seguidores.

Após o ocorrido, a médica, Isabela Maria, que é moradora de Divinópolis, acionou a Polícia Militar e após a denúncia, o homem foi conduzido até a Delegacia de Polícia de Juatuba para prestar esclarecimentos. “Toda vez que você for racista com alguém, a pessoa vai chamar a polícia e isso começa por mim para o senhor aprender”, disse a médica quando da gravação.

Durante a gravação o homem disse “não ter tempo para essas coisas, e que a médica tinha o endereço dele e que poderia procurá-lo”. “Você conhece minha igreja e sabe onde moro”, disse o senhor. Já a médica rebateu, dizendo que ele deveria ter vergonha da atitude. “Eu não quero ir na sua igreja ou sua casa e muito menos te conhecer, porque você foi racista comigo”, disse médica exaltada. E o pior de tudo é que o caso ocorreu no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.

Indignada, a jovem explicou o fato pelas redes sociais. De acordo com ela, o senhor não era paciente da Policlínica, ele apenas utiliza o local para fazer pregações para pessoas enfermas por ser membro de uma congregação evangélica. “Tomei as medidas cabíveis. Não é fácil, mas eu tive força. Eu estou hoje triste e chateada de falar que passei por uma situação desta”, relatou.