Prefeitura entrega reforma da recepção da policlínica, mas moradores continuam reclamando da demora no atendimento

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A Prefeitura de Juatuba comemorou a inauguração da reforma da recepção da policlínica, um espaço que nos últimos meses vem sendo alvo de várias queixas da população. A reforma trouxe nova pintura, cadeiras novas, melhorias nos banheiros e outras pequenas intervenções que visam garantir mais conforto aos pacientes que frequentam o local.

No entanto, mesmo com as mudanças, os problemas relacionados ao atendimento de saúde pública no município continuam a gerar insatisfação. Conforme já publicado em reportagens anteriores, a infraestrutura da policlínica de Juatuba era motivo de reclamações frequentes dos moradores. As cadeiras de recepção, muitas vezes quebradas e em péssimas condições de uso, representavam uma das principais críticas. Outra reclamação era em relação aos assentos ocupados por moradores de rua e até animais, como cachorros, que se acomodavam nas cadeiras destinadas aos pacientes. A situação do toldo da entrada, que estava rasgado, também foi motivo de comentários negativos em matéria recente do Jornal de Juatuba e Mateus Leme.

Com a reforma concluída, a expectativa era que as queixas diminuíssem. No entanto, apesar da infraestrutura aprimorada, os relatos de problemas no atendimento continuaram a surgir, ofuscando a recente conquista da administração municipal.

Demora no atendimento

Uma das queixas mais frequentes é a demora excessiva no atendimento. Diversos moradores relatando situações de longa espera, muitas vezes envolvendo crianças com estado de saúde delicado. Em um relato essa semana, uma moradora indignada descreveu por áudio a agonia de ter que esperar horas na recepção com a filha de oito meses, que estava chorando de dor de garganta e febre desde as 7 horas da noite. “A criança está aqui chorando, já vomitou, e a única coisa que uma recepcionista faz é dar um papel para preencher”, desabafou.

Em outro relato, uma mãe falou sobre a situação angustiante de esperar até as 22h30 para atendimento da filha de cinco anos, que já apresentava sinais de piora enquanto aguardava. “A gente precisa de saúde, não de maquiagem na policlínica para mostrar bonito. O desespero de uma criança que espera atendimento desde às 18 horas. Isso é a saúde que temos aqui em Juatuba?”, desabafou.

A crítica levantada por diversos moradores é clara: a reforma estética da recepção é um avanço, já que foi alvo de inúmeras críticas, mas não resolve o problema mais profundo, que é a demora no atendimento médico. Embora reconheçam que a policlínica conta com uma área de emergência que atende os casos mais graves, muitos defendem que a organização das prioridades precisa ser revista, especialmente quando se trata de crianças pequenas em situações delicadas.

Secretário desmente boatos sobre fechamento do SAMU


Além das críticas sobre a policlínica, outro assunto que agitou os bastidores da saúde pública em Juatuba foi o boato de que a base do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) seria fechada. Mensagens circulando nas redes sociais causaram preocupação entre os moradores, que temiam perder o serviço.

Para tranquilizar a população, o Secretário Municipal de Saúde, Pedro Nunes, divulgou um vídeo em que desmentiu os boatos. Segundo ele, a base do SAMU, que foi implantada durante a gestão atual, não será fechada. “Quero desmentir essa informação que circula por aí. O fechamento da base do SAMU não procede”, afirmou o secretário, reforçando que a gestão da equipe e a contratação ou rescisão dos profissionais são de responsabilidade do consórcio que administra o serviço, não da prefeitura.