Um estudo realizado pela Universidade Federal de Ouro Preto, a pedido da assessoria técnica independente Aedas, revelou a presença de metais tóxicos no ar de seis municípios impactados pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. Além de Juatuba e Mateus Leme, também foram analisadas as cidades de Betim, Mário Campos, São Joaquim de Bicas e Igarapé.
Foram coletadas 28 amostras entre setembro de 2021 e agosto de 2022, que apresentaram elevados níveis de arsênio, cádmio, cromo, manganês, mercúrio e níquel no ar dos seis municípios. Segundo os dados, os níveis desses elementos ultrapassaram os valores de referência definidos por normas internacionais, já que o Brasil não possui regulamentações específicas para metais no ar.
Entre os metais detectados, o manganês mostrou índices preocupantes, com 93% das amostras acima dos limites considerados seguros. O mercúrio, outro elemento de alta toxicidade, apresentou níveis inadequados em 39% das coletas. Arsênio e cromo tiveram resultados semelhantes, com 36% das amostras indicando contaminação acima dos parâmetros internacionais.
A presença de metais tóxicos no ar pode representar um risco significativo à saúde humana, especialmente devido à sua capacidade de se acumular no organismo ao longo do tempo.