APAE de Juatuba cobra prioridade de vacinação para pessoas com deficiência

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Desde janeiro, a Apae Brasil vem se posicionando publicamente em defesa da prioridade das pessoas com deficiência serem vacinadas prioritariamente contra a Covid-19. As medidas de isolamento social interromperam, por tempo indeterminado, os serviços de reabilitação, prestados pela entidade e muitas pessoas com deficiência que estavam inseridas no mercado formal de trabalho, permanecem afastadas devido ao risco de contágio pelo coronavírus.

A vacinação dos alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Mateus Leme já aconteceu e a APAE de Juatuba tem feito pressão para que a prefeitura também priorize o atendimento dos alunos da entidade na cidade.

Segundo Aline Barbosa, presidente da APAE de Juatuba “os usuários estão cobrando a vacinação e vários pais nos procuraram, animados com a possibilidade de imunizar os filhos e quando busquei informações na prefeitura, fui informada Juatuba está seguindo as orientações do governo e que os usuários da nossa instituição vão ser vacinados de acordo com o cronograma do Estado”, conta.

Em nota, a prefeitura de Juatuba, afirmou que a vacinação contra a COVID-19 aos assistidos da APAE que fazem parte do grupo de comorbidades, “será realizada após a finalização de faixa etária de 60 a 64 anos, como determina a Secretaria de Estado da Saúde”.

O Jornal de Juatuba e Mateus Leme ouviu o superintendente voluntário da Federação das APAES de Minas Gerais, deputado federal Eduardo Barbosa (PSDB), que acredita ser necessária a implementação de mais políticas públicas na saúde para as pessoas com deficiência no país.

Ele cita que está claro na Constituição Federal que o cuidado às pessoas portadoras de deficiência é uma competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e que é necessário fazer valer a legislação.

Eduardo Barbosa disse que encaminhou ofício ao Secretário de Estado de Saúde solicitando a agilização da oferta da vacina para as pessoas com deficiência, pois, de acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacina Contra a Covid-19, a pessoa com deficiência encontra-se entre os grupos prioritários, no entanto, na ordem de prioridade, o atendimento a esse segmento acontecerá tão somente após o grupo de pessoas com 18 a 59 anos de idade, com comorbidades, dentre os outros que o antecedem.

“Percebo que o número que acometidos com mortalidade nesse grupo está aumentando, por isso não deveríamos ter faixa etária para esse grupo e todas as pessoas com deficiência deveriam ser vacinadas no meu entendimento”, pontua.

Ainda de acordo com o Deputado as características das pessoas com deficiência, faz com que elas estejam mais sujeitas ao contágio. “Um deficiente físico, por exemplo, que tem o contato direto com a roda da cadeira de rodas; o deficiente visual, que é completamente tátil; uma pessoa com deficiência intelectual que em grande parte não tem o entendimento da gravidade da situação o que dificulta a adesão a medidas de prevenção. Tudo isso as torna muito mais sujeitas à contaminação, independentemente de apresentarem, ou não, uma comorbidade específica”, explicou Barbosa.

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