Equipamentos de Proteção Individual são usados fora da UPA, alerta internauta

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Em tempos de medidas restritivas de saúde e necessidade de cuidados redobrados das pessoas e, principalmente dos profissionais da saúde, uma denúncia deixou a população de Mateus Leme estarrecida: profissionais da rede pública de saúde estariam circulando pela cidade com as vestimentas que são obrigatórias no atendimento aos pacientes nas unidades de saúde.

A informação é que vários profissionais estariam usando os jalecos em restaurantes, lanchonetes e no comércio. As denúncias apontam ainda que profissionais estariam levando instrumentos de trabalho, como estetoscópios, para fora da UPA e postos de saúde.

A internauta Viviane Gondim questionou o problema através do Facebook, indagando se a Prefeitura de Mateus Leme tem entre seus servidores, técnicos em segurança do trabalho para apurar o fato. “Em plena pandemia, os profissionais da área de saúde não estão sendo orientados a respeito da norma regulamentadora 32, que por sinal existe há muito tempo, mas diante da Pandemia deveria ser mais observada”, pontua.

A NR-32 a qual ela se refere, estabelece as diretrizes básicas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde. Segundo a regulamentação do Ministério do Trabalho, por se tratar de um Equipamento de Proteção individual, o uso de uniforme e jaleco fora do ambiente onde ocorre a prestação de serviço é proibido. “Imaginemos um profissional da saúde que passou todo o plantão na UPA, atendendo pessoas com suspeita de COVID ou qualquer outro vírus que possa ter contágio e, ao final do plantão passa em vários lugares antes de ir para casa e tirar aquela roupa possivelmente contaminada. Vamos analisar… passou no sacolão, padaria, supermercado, lojas, bancos, etc… por onde ela passou, certamente, levou o vírus para outras pessoas”, reflete Viviane.

“Estou fazendo esse comentário porque ontem estava no sacolão popular e uma funcionária da UPA estava fazendo compras com o jaleco com o qual, certamente, ela trabalhou o dia todo. Em seguida, entrei no supermercado e ela também estava lá. Fiquei imaginando a quantidade de pessoas que pode ter contaminado por uma atitude que poderia ser evitada. Culpa dela? Talvez não, apesar de que, no curso de formação que ela fez, haja o estudo da NR 32. Falta orientação e treinamento”, destaca.

Viviane conta que ligou para a ouvidoria do município, mas o telefone não atendeu. “Fazer política no Facebook é lindo, mas fica só na teoria. O bom mesmo é quando os números de telefones fornecidos para a população atendem e resolvem a situação. Menos teoria, mais prática! É isto que queremos”, chama atenção.

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