Pastora de igreja no Tiradentes desmente vídeo de secretário de administração

“Sempre foi assim, dificuldades com água e luz. Somente colocaram a iluminação, porque compramos as peças, mesmo assim, outras ruas continuam sem luz. É só promessa e nunca temos um resultado objetivo. Quanto à água, já ficamos mais de um mês sem abastecimento”, diz Pastora

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A indignação traduz a realidade que tem sido vivida por muitos moradores dos bairros Tiradentes, Atalaia, Paraíso e Coqueiral em Mateus Leme, que estão há anos vivendo sem uma infraestrutura básica e continuam pagando impostos normalmente.

A polêmica da semana veio após a gravação de um vídeo pelo Secretário de Administração, Fabrício Nuno Canguçu de Souza, feita durante reunião com moradores do bairro Tiradentes, afirmando que o compromisso de colocar iluminação de Led na principal rua da comunidade havia sido cumprido. Na publicação, o secretário destaca que “agora há iluminação e água na região, e que a população estaria alegre com as intervenções”.

No entanto, Fabrício não mencionou que os responsáveis pela instalação da nova iluminação são os próprios moradores, que tiveram que arcar do próprio bolso com a compra de peças para as luminárias, que custam em média R$13 cada uma.

Após a veiculação do vídeo, o secretário foi desmentido pela pastora Maria Madalena da Costa Souza, de uma igreja evangélica do bairro Tiradentes. A pastora recorreu às redes sociais para desmentir o secretário e dar um basta em sua indignação pela falta de infraestrutura na região. “Ele está falando que colocou luz, mas na verdade é mentira. Ficam fazendo essas reuniões na base da mentira. A iluminação foi colocada graças aos moradores, e a rua 8 ainda está totalmente escura. Já a água nunca tivemos, somente por meio de caminhões pipa. Sofremos aqui com a infraestrutura precária”, revela.

Além de dizer que os moradores chegam a ficar mais de um mês sem água, Maria Madalena afirma que quando chove, a van escolar que carrega os jovens não consegue transitar no bairro. “A situação aqui sempre foi muito complicada, e ninguém nos socorre”, afirmou.

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