Protetores denunciam omissão de socorro a cães e gatos doentes e questionam atuação do Projeto Animal Luz

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Em abril, Juatuba confirmou a primeira morte por leishmaniose em ser humano e o fato foi confirmado à reportagem por amigos da vítima, um jovem de 24 anos, que morava no bairro Eldorado. Na época, diversas pessoas entraram em contato com a reportagem e confirmaram que a prefeitura não estaria fazendo o controle de cães que têm a doença.  A reportagem tentou contato com a prefeitura para saber se foi feito um inquérito canino no município após a morte do jovem, mas não recebeu retorno.

Recentemente foi realizado estudo por meio de coleta de amostras sanguíneas de 957 cães, definidos aleatoriamente em todos os bairros de Juatuba. Foram marcadas as coordenadas geográficas dos imóveis participantes da pesquisa para verificar a distribuição espacial dos casos caninos. A prevalência da leishmaniose foi estimada em 10,6%, com variação de 3 a 50%, distribuída em 70,6% dos bairros do município. O estudo apontou um aumento de 2,80 vezes mais chances de um cachorro de rua em adquirir a doença e, consequentemente, esta ser transmitida ao ser humano, através da picada do mosquito.

A Leishmaniose Visceral é transmitida por meio da picada de insetos conhecidos popularmente como mosquito palha, asa-dura, tatuquiras, birigui, dentre outros. Estes insetos são pequenos e têm como características a coloração amarelada ou de cor palha e, em posição de repouso, suas asas permanecem eretas e semiabertas. A transmissão acontece quando fêmeas infectadas picam cães ou outros animais infectados, e depois picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi, causador da Leishmaniose Visceral.

O tratamento para a leishmaniose está disponível pelo Sistema Único de Saúde e os medicamentos utilizados não eliminam por completo o parasita nas pessoas e nos cães, no entanto, o homem não é transmissor da doença. Já nos cães, o tratamento resolve os sintomas clínicos, mas os animais continuam como fonte de infecção. Por isso, a eutanásia é recomendada pelo Ministério da Saúde.

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