Alunos da Escola Elza estão há 12 anos sem local fixo para estudar

Em vídeo divulgado essa semana, prefeito prometeu de novo resolver o problema

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Uma visita do prefeito às obras da sede da Escola Municipal Elza de Oliveira Saraiva, acompanhado da prefeita mirim, acabou rendendo duras críticas a Adônis nas redes sociais. De acordo com os internautas, as obras “já eram para ter terminado há 12 anos, quando o imbróglio começou, e os alunos começaram a ser tratados feito bolinha de pingue-pongue”, após a interdição do prédio construído sem parâmetros para abrigar um educandário.

Desde 2012, a Escola Municipal Elza de Oliveira Saraiva funcionou em vários lugares, buscando um espaço apropriado para suas atividades. O drama da instituição começou em 2011, quando foi assinada a ordem de serviço para a construção da sede da instituição, com o objetivo de diminuir o gasto com aluguel e ampliar o número de vagas. A obra custou R$ 1 milhão aos cofres públicos e, apenas seis meses após a entrega, em 2012, foi interditada pelo Corpo de Bombeiros. Na época, a Prefeitura chegou a gastar mais R$ 40 mil em reparos, na tentativa de conseguir voltar com os alunos para o local. No entanto, o Ministério Público recomendou a demolição do prédio.

O imóvel construído na Rua José Monteiro, no Centro, que tinha um pavimento permaneceu abandonado muitos anos até que uma decisão fosse tomada sobre seu destino: de ser o Centro Administrativo. Com a decisão, a escola passou a funcionar no prédio da antiga faculdade J. Andrade, mas sem estrutura adequada para atender cerca de 350 alunos, do 1° ao 5° ano.

A falta de sede da escola fez com que em 2014, os alunos fossem transferidos para o pavimento térreo do prédio do Legislativo e, em 2020, a Justiça autorizou a retomada do uso do espaço, desde que fossem feitas intervenções, porém o Executivo optou por não utilizar mais o local para as atividades escolares.

Em 2021, com o fechamento do Nesc, a prefeitura definiu que o local seria o mais adequado para receber os profissionais e alunos da escola Elza. O imóvel particular foi adquirido pelo município, pelo valor de R$1,3 milhão. Os alunos até chegaram a estudar no Nesc, mas tiveram que sair da escola novamente, após o prefeito anunciar que faria intervenções no espaço. Como o prédio do Legislativo foi ocupado pelo Fórum, restou aos alunos, serem transferidos novamente para o prédio da antiga faculdade J. Andrade.

“12 anos de irresponsabilidade”

Já se passaram 12 anos desde o primeiro imbróglio envolvendo a falta de local para funcionamento da Escola Elza e, conforme os próprios munícipes, até hoje os alunos são tratados “como bolinhas de pingue-pongue, jogadas de um lado para o outro, ao bel prazer do prefeito”.

Revoltado, o pai de um aluno encaminhou à reportagem duras críticas à administração. De acordo com o cidadão, as obras já eram para ter sido concluídas, se a prefeitura seguisse um cronograma coerente. “São 12 anos que essas crianças são jogadas de um lado para o outro e ninguém até hoje teve a competência para resolver de vez essa situação. As crianças já deveriam estar estudando no prédio do Nesc há um ano”, criticou.

“Última promessa”

A prefeitura de Juatuba iniciou obras de ampliação na sede definitiva da Escola Elza de Oliveira Saraiva, no antigo Nesc, mas ainda não havia informado à população quando as intervenções serão concluídas. Na visita do prefeito às obras da escola, ele alega que a obra está quase pronta e que a escola será inaugurada em fevereiro, pois já está em fase de acabamento. Na internet, populares questionaram se essa seria a “última promessa do prefeito”.