Após pressão do Sindserj, Adônis propõe projeto de reajuste dos servidores

Proposta foi enviada à Câmara, logo após entidade anunciar que servidores fariam redução de jornada de trabalho

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Após a repercussão negativa, pressão e protestos de servidores, críticas e ameaça do Sindserj de os servidores iniciarem a operação tartaruga, o prefeito Adônis Pereira, encaminhou projeto de lei para a Câmara propondo reajuste de 6% aos servidores, com data base de janeiro de 2023. Segundo a matéria, o reajuste passará a valer a partir do dia 1º de julho e serão beneficiados também os agentes políticos, ou seja, o prefeito, a vice, vereadores e secretários.

Segundo o presidente da Câmara, Laécio do Silvestre, a proposição poderia ter sido colocada em votação na mesma reunião, no entanto, o projeto não continha o laudo do impacto financeiro. “Esse projeto, por ter mais urgência, poderia ter sido colocado em votação hoje, em regime de urgência, mas ele não explica o impacto financeiro, portanto estou remetendo o mesmo às comissões permanentes, para que emitam parecer nos próximos dias”, disse.

Pressão

O encaminhamento do projeto só aconteceu após assembleia na sede do Sindserj, que decidiu que os servidores poderiam reduzir a jornada de trabalho, ou seja, fazer “operação tartaruga”, decidindo o horário que iriam chegar no serviço e o de saída.

Nesta quinta e sexta-feira, os servidores ficaram na porta da prefeitura, em protesto. Em um carro de som, o presidente do sindicato, Geraldo Ricardo de Lima, falou palavras de ordem, destacando a importância do reajuste na vida dos servidores.

O Jornal de Juatuba e Mateus Leme entrou em contato com o sindicalista, para saber se a operação continuaria na segunda-feira e se o reajuste proposto por Adônis atendia os servidores. Geraldo Ricardo disse que vai convocar todos os servidores para estarem presentes na próxima reunião da Câmara, para pressionar os vereadores a aprovar o projeto. Sobre o reajuste de 6% proposto, afirmou que o percentual representa apenas a inflação do período que foi medida em 5,93%.

“No ano passado nem a inflação o prefeito considerou: ele deu apenas 7%, ficou devendo 3% e não reajustou. Este ano, nós já estamos com o valor do reajuste defasado e os servidores não terão ganho real”, disse.

Ainda segundo o sindicalista, não existe negociação por parte do prefeito. “Ele não quer pagar o reajuste retroativo a janeiro, igual ao ano passado. E no cartão alimentação, ele não vai dar nenhum reajuste. Isso não é negociação. Vai chegar o momento em que entraremos em greve por causa dessa falta de diálogo, infelizmente”.