Ascotélite lança petição pedindo justiça para Andreia Julião, vítima de crime brutal em Juatuba

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Na última semana, a Associação Comunitária do Bairro Cidade Satélite lançou uma petição online em busca de justiça para Andreia Julião, moradora de Juatuba, que foi vítima de um crime brutal no dia 8 deste mês. A auxiliar de cozinha foi encontrada morta com indícios de brutalidade na linha férrea que corta o bairro Cidade Satélite, onde morava. Na ocasião, Andreia passava pelo local que era trajeto para o trabalho, por volta das 5h30 da manhã, quando foi atacada, esfaqueada e arrastada em uma cena que chocou a comunidade. 

Revoltados com o crime e, principalmente por Andreia ser uma mulher muito querida pela comunidade, amigos, familiares e membros da associação do bairro, decidiram lançar um movimento para pressionar autoridades na resolução do caso.  Liderada por Joelísia Feitosa, coordenadora regional do Movimento de Atingidos por Barragens, a petição já conta com quase 600 assinaturas. “Vamos entregar o abaixo-assinado para as autoridades na audiência pública que está sendo solicitada para este fim”, explica Joelísia. 

Além de esclarecer o crime contra Andreia Julião, a iniciativa também visa mobilizar a população em busca de respostas e medidas concretas relacionadas à violência contra as mulheres, especialmente em uma região onde os índices de violência são alarmantes. De acordo com Joelísia, além de Juatuba figurar entre as cidades com o maior índice de violência contra as mulheres, o bairro Satélite lidera essa triste estatística no município. “O nosso bairro é o que registra o maior índice de violência doméstica no município. Estamos lutando contra esta triste realidade há algum tempo”, enfatiza.

Além da petição online, o movimento tem pressionado e acompanhado o trabalho das autoridades locais para a solução do caso.

Segundo Joelísia, a Associação está aguardando a posição da Delegacia de Atendimento à Mulher, que investiga o caso. Já o Ministério Público local, representado pelo Dr. Lélio, já se posicionou que está acompanhando o caso. “Da mesma forma, o Ministério Público de Minas Gerais, por meio do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Combate à Violência contra a Mulher, está ciente do inquérito em andamento na DEAM e está prestando suporte.

O movimento também teve resposta da Defensoria Pública do Estado, através da Coordenadoria Estadual de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres, que acompanha o caso e está oferecendo orientação e suporte à comunidade afetada.

Desde o crime, as mulheres da comunidade têm enfrentado uma onda de medo já que muitas também passam diariamente pelo local da tragédia. “Elas estão apavoradas e o crime já tem afetado as atividades diárias de muita gente. Enquanto não houver a solução desse crime, a sociedade de Juatuba não estará em paz. Andreia Julião era uma mulher trabalhadora e digna, que poderia ser qualquer uma de nós”. 

Como parte dos esforços para garantir mais segurança às mulheres e acesso a informações, Joelísia destaca que foi criado um grupo no whatsapp chamado “Rede de Apoio às Mulheres”, que já conta com mais de 130 participantes. “Este grupo tem sido uma fonte importante de informações sobre canais de segurança e proteção, além de servir como espaço para compartilhar experiências e desafios enfrentados pelas mulheres da comunidade”, explica. 

Para assinar a petição, acesse o site www.peticaopublica.com.br e pesquise no campo de busca por “Justiça por Andréia Julião”. Caso não consiga, o link pode ser solicitado pelo whatsapp da autora do documento, Joelísia Feitosa, pelo número (31) 99326-7122.