Assessor de Léo da Padaria é exonerado após a denúncia de que ele era “servidor fantasma”

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O servidor Eduardo Vilaça, assessor parlamentar lotado no gabinete do vereador Léo da Padaria, foi exonerado no dia 28 de agosto, após denúncia de que ele não comparecia ao trabalho. A exoneração foi comunicada por ofício ao Ministério Público, pelo presidente da Câmara, Laécio do Silvestre.

A denúncia ao MP está assinada por Maria Helena e data do dia 10 de agosto. No documento ela afirma que teve conhecimento de que Eduardo Vilaça estava contratado pelo gabinete do vereador Léo da Padaria, no entanto não batia ponto e sequer comparecia ao trabalho. De acordo com a denúncia, foram convocadas pessoas da comunidade para fiscalizar todos os dias e “Eduardo Vilaça só comparece na Câmara em dias de reuniões extraordinárias, segundas-feiras, às 18 horas”.

Em resposta à denúncia, o promotor Lélio Braga Calhau enviou ofício ao presidente da Câmara, solicitando informações e providências no prazo de 10 dias.

Esta semana, em resposta ao promotor de justiça, o presidente da Câmara disse que o vereador Léo da Padaria informou sobre o horário flexível do servidor, que estaria responsável pela criação, produção, registro e veiculação de matérias (vídeos e fotografias) que abasteciam suas mídias sociais.

“Estas atividades exigiam a presença do assessor acompanhando o vereador em seus contatos e reuniões junto às comunidades e lideranças locais, visitas a entidades de classe, visitas a gabinetes de parlamentares em Belo Horizonte e cidades vizinhas e nas reuniões plenárias da Câmara Municipal de Juatuba”.

O ofício da Câmara ainda ressalta que diante da repercussão negativa da notícia, veiculada no meio político e em redes sociais, “o vereador Léo da Padaria resolveu, em comum acordo com a presidência da Câmara Municipal, pela exoneração do seu servidor, a partir de 31 /08/2023”.

A história

No dia 10 julho, apesar de ser da base do prefeito Adônis Pereira, o vereador Léo da Padaria denunciou a ausência constante e injustificada do Secretário da Fazenda, Marco Antônio Guimarães Diniz, na prefeitura. Segundo o parlamentar, “o Secretário não comparece ao serviço da forma que deveria e não há informações sobre sua agenda”.

A crítica de Léo acabou rendendo dor de cabeça ao parlamentar. Quando a Associação Renova Minas foi até a prefeitura para saber sobre os horários e agenda do secretário da Fazenda, funcionários da administração, em retaliação ao vereador, teriam afirmado que em seu gabinete havia funcionários fantasmas, no caso, o servidor Eduardo Vilaça, morador de outro município e lotado como assessor parlamentar. A Associação encaminhou ofício ao presidente da Câmara, solicitando informações acerca da contratação do servidor e, ao mesmo tempo, denunciou o fato ao Ministério Público pedindo apuração.