Cidadão é vítima de sequestro relâmpago e pede mais segurança

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Rolim em plenário

O cidadão Rolim Lopes da Silva pediu a palavra na última reunião da Câmara para denunciar a falta de segurança pública vivenciada na cidade. De acordo com Rolim, todos os dias há assaltos, a luz do dia, no município, o que faz com que os cidadãos vivam amedrontados. Rolim relatou que no último mês, foi vítima de um sequestro relâmpago, pela primeira vez, após 35 anos morando em Juatuba.

“Esse meliante chegou pedindo informações, pois queria um táxi. Eu estava no Gilberto borracheiro, que me pediu indicações, mas quando fui olhar no meu celular, um modelo caro, que ganhei do meu filho, o rapaz apontou a arma para mim e pediu para que eu entrasse no carro. Achei que ia morrer naquele dia, mas quando chegamos no lugar que ele queria, ele me mandou “vazar fora se não eu iria levar tiro”, contou.

Rolim Lopes lembrou ainda que passou por três esquinas onde estão instalados os aparelhos do sistema Olho Vivo, mas as câmaras não identificaram o criminoso. “Quando fui fazer um boletim de ocorrência, pedi as imagens das câmeras, o que mais me doeu foi ter a certeza de que o olho vivo não funciona? Passei com o ladrão na frente das câmaras e elas não registraram nada. Eu quero saber se quem monitora tem capacidade para identificar suspeitos como esse, porque o comandante disse que (o olho vivo) não funciona. Estou pedindo às autoridades que olhem com carinho por nós, pois não quero que ninguém mais passe por isso”.

O vereador Alexandre Avelar disse que é triste ver um investimento de anos ser perdido por uma troca de mandato. “Foi só trocar o governo que o projeto que é maravilhoso e demorou oito anos para ser colocado em prática, acabou e o que restou está acabando”.

O vereador Jorge de Melo sugeriu a convocação de uma audiência pública com a Polícia Civil e Militar da cidade para que o assunto possa ser debatido. “Existem muitos equívocos da população, quando o assunto é segurança pública. Como querer melhorar a segurança se aqui em Juatuba, não existem políticas públicas para a juventude, faixa etária que mais entra no mundo da criminalidade? Ninguém vê pessoas com 50 anos virando bandido. A criminalidade começa aos 11, 12 anos”, relata. O vereador pediu ainda que a Câmara peça as estatísticas sobre o tráfico de drogas, roubos e assaltos na cidade.

“Não é só investir em mais policiais, em mais câmeras do olho vivo. Nós temos que fazer realmente o trabalho de prevenção. Ir até a população mais carente e dar condições para essas pessoas terem uma educação melhor, terem acesso à cultura e à prática esportiva. É preciso levar os projetos sociais para os bairros e não concentrar atenção apenas ao centro”, afirmou.

O JORNAL DE JUATUBA E MATEUS LEME entrou com contato com a Polícia Militar, que alegou que, ao contrário do relatado pelos vereadores, houve diminuição de roubos na cidade, no último ano. “Em relação à cidade, e não especificamente a um bairro, tivemos um declínio significativo com redução de 20,4% das ocorrências”, atestou o Tenente Renato Alves.

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