O Dia das Mães nunca deixará de ser especial, mas com toda certeza será bem diferente da tradicional data comemorada há três anos, antes da chegada da pandemia do coronavírus. E as expectativas de recuperação econômica do início do ano ainda não se confirmaram e em muitos segmentos, a crise se agravou com inúmeras demissões. Nesse cenário, cresce também a dúvida dos lojistas sobre como aproveitar a segunda melhor data do calendário,o Dia das Mães.
O Jornal de Juatuba e Mateus Leme questionou a Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e Prestação de Serviços a respeito dos preparativos para a campanha de Dia das Mães no município. O gerente da entidade, Francisco Vasconcelos, afirmou que a “Aciaps está tentando adesões para a campanha, mas é bem provável que não teremos a campanha por falta de participantes”.
Se a previsão se confirmar, pela primeira vez, o município não vai realizar a Campanha de Dia das Mães no comércio. A piora dos indicadores econômicos, como a inflação e o aumento do desemprego, estão entre os fatores que podem prejudicar o desempenho do comércio. Em contato com alguns comerciantes da cidade, o discurso é de cautela. Segundo eles, a pandemia devastou a economia local e obrigou os comerciantes a cortarem despesas e não investirem em publicidade. “Até hoje calculamos prejuízos dos lockdowns de 2021”, disse o proprietário de uma loja de roupas, relembrando a época em que todos os comércios foram obrigados a fechar as portas.
A reportagem entrou em contato também com a CDL de Juatuba, que até o fechamento desta edição não respondeu aos questionamentos encaminhados.
Comerciantes da capital confiantes
De acordo com levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte, que ouviu 304 comerciantes da cidade, estima-se injeção de R$ 1,97 bilhão em compras para o Dia das Mães. A queda é de 9,6% em comparação com 2019, antes da pandemia, mas é robusta, principalmente pela sequência negativa acumulada pelo fechamento do comércio não essencial.
A pesquisa da CDL/BH indica ainda que 56% dos entrevistados acreditam que as roupas devem ser os itens mais escolhidos pelos consumidores na data, seguidas de calçados (13,8%) e perfumes (7,9%). Também aparecem na lista utensílios domésticos (6,6%), bolsas ou mochilas (6,3%), maquiagem (5,6%), produtos personalizados (5,6%), hidratantes (3,9%), artigos de decoração (3,6%) e acessórios (3,3%).