No dia 08 de outubro, o Jornal de Juatuba e Mateus Leme publicou matéria com a informação de que o Ministério Público havia confirmado que presídio de Juatuba ainda estaria interditado. No entanto, o Jornal foi surpreendido com um e-mail da direção do presídio solicitando que a reportagem corrigisse a matéria, uma vez que o “Presídio de Juatuba I, não se encontra interditado”.
As informações publicadas foram extraídas do portal oficial do Ministério Público de Minas Gerais, que em matéria veiculada em 3 de outubro, às 19h13, afirmou que “atualmente há 61.798 presos distribuídos em 182 unidades prisionais, sendo que 62 estão interditadas judicialmente, ainda que parcialmente”.
De acordo com o MPMG, além de Juatuba, “as unidades que possuem interdição judicial estão situadas nos municípios de: Alfenas; Além da Paraíba; Andrelândia; Araguari; Barão de Cocais; Belo Horizonte; Betim; Campos Gerais; Capelinha; Carangola; Cataguases Contagem; Ibirité; Ipaba; Ipatinga; Inhapim; Itapagipe; Itacarambi; Itamarandiba; Itajubá; Januária; Juiz de Fora; Lavras; Lagoa da Prata; Leopoldina; Matias Barbosa; Machado; Manhuaçu; Manhumirim; Montes Claros; Muriaé; Nova Serrana; Ouro Preto; Piumhi; Poços de Caldas; Resende Costa; Ribeirão das Neves; Rio Pomba; São Sebastião do Paraíso; Sete Lagoas; São Lourenço; São Joaquim de Bicas; Tarumirim; Timóteo; Três Pontas; Ubá; Uberlândia; Unaí; Varginha; Visconde do Rio Branco e Viçosa”.
Na semana em que a matéria foi publicada, o Jornal de Juatuba e Mateus Leme tentou contato com o presídio de Juatuba para saber detalhes da interdição e se os acautelados continuam no local, mas não conseguiu contato com o diretor da unidade prisional.
Após diversas tentativas, a reportagem finalmente conseguiu falar com um dos diretores do presídio nesta semana. Em contato por telefone, Ricardo Rodrigues, que se denomina “um dos diretores da unidade”, confirmou que a informação seria falsa e que o presídio nunca esteve interditado”.
Ao ser indagado porque o Ministério Público possivelmente teria publicado uma notícia supostamente falsa, ele se limitou a dizer que era uma fake news ou que o MPMG teria se equivocado”.
A reportagem questionou também à Ricardo quantos detentos estavam acautelados no presídio e se havia superlotação, no entanto, ele afirmou que os demais questionamentos seriam respondidos pelo e-mail. O Jornal de Juatuba e Mateus Leme tentou contato com o Ministério Público, mas não houve retorno até o fechamento desta edição.
Outras denúncias
A notícia foi publicada também por outros veículos de comunicação como o portal G1 e o Jornal O Tempo, e com inclusive denúncias de que os presídios que estão interditados judicialmente, “estariam superlotados”, caso este que levou às interdições judiciais.