Emenda garante pagamento de reajuste aos servidores de Mateus Leme desde janeiro

Projeto será votado em plenário na segunda-feira, 05, e tendência é que seja aprovado em conjunto com a emenda; no mesmo pacote, agentes políticos também podem ter reajuste de 8,8% nos salários

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A maioria dos vereadores de Mateus Leme deve se manifestar favorável ao pagamento de reajuste salarial a todos os servidores municipais, com a data base de janeiro passado. Para garantir o pagamento retroativo, a vereadora Irene de Oliveira, apresentou uma emenda ao Projeto de Lei Complementar, de autoria do prefeito, garantindo o reajuste a partir de janeiro e não de maio, conforme previsto no projeto do prefeito.

Nas Comissões Permanentes, a emenda teve assinatura, além de Irene Oliveira, dos vereadores Guilherme do Depósito, Wellington Batata e Aldair Guimarães. A proposição também teve o apoio dos vereadores Lúcio Madureira, Cezinha, Wolney Barrão.

Já Zé Ronaldo, concordou com o pagamento retroativo a janeiro, exceto com os demais artigos da emenda que garante o reajuste também aos professores do magistério, Agentes de Saúde, Endemias e Técnicos e Auxiliares de Enfermagem.

De acordo com a emenda, também terá o direito ao reajuste os profissionais do magistério da Educação básica, no percentual de 14,95%; prevê ainda que o aumento concedido de 8,95%, a partir de janeiro a todos os funcionários, incida também sobre a remuneração dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate a Endemias, e que o salário dos técnicos e auxiliares de enfermagem, a partir de maio, sejam calculados sobre o salário pago aos enfermeiros.

Reajuste aos políticos

Como tudo não são flores, o projeto de reajuste dos servidores também vai contemplar o prefeito, vice e os secretários municipais, que receberão também o aumento de 8,8% nos salários. A previsão é que o Projeto de Lei Complementar e a emenda da vereadora Irene, sejam colocados em votação no plenário, nesta segunda-feira (05).

Piso da Enfermagem

Pelas redes sociais, o Sindicato dos Servidores Públicos de Mateus Leme, o Sindserp, vem cobrando insistentemente a atenção do poder público com os servidores da Saúde lotados em entidades filantrópicas e sem fins lucrativos. Em informe, o Sindserp afirma que o município receberá os repasses para os pagamentos em nove parcelas. Sendo R$831.045,20 pago à Prefeitura, outros R$498.619,86 ao Hospital Santa Terezinha e R$63.831,37 à Upa Thiago Cardoso. “O piso salarial é para todos, é direito, cumpra-se. A Enfermagem tem pressa”, reivindica Sindicato.

Sem reajuste salarial, Sindicato dos Servidores de Juatuba vai propor greve

Após o prefeito Adônis Pereira, não se manifestar e nem encaminhar projeto de aumento salarial dos servidores da prefeitura, o Sindicato dos Servidores de Juatuba, Sindserj, convocou uma Assembleia Geral Extraordinária para o próximo dia 16 de junho, na sede do Sindicato, às 9h, durante a qual será proposto o estado de greve.

Segundo o presidente da entidade, Geraldo Ricardo de Lima, a convocação da Assembleia se faz necessária tendo em vista que o prefeito não sinalizou qualquer negociação acerca do reajuste salarial dos servidores para o ano de 2023.

Dentre as cobranças dos servidores, está o reajuste dos salários no percentual de 15%, o reajuste do Cartão Alimentação para o valor de R$650,00,  o cumprimento do piso nacional da Educação, extensão do pagamento do cartão alimentação para os professores, pagamento do quinquênio do período pós 2006, redução da carga horária dos servidores administrativos para seis horas diária, equiparação salarial dos Auxiliares Administrativos e Oficiais de Administração, retorno do Auxílio Faculdade para os servidores e o fornecimento de lanche aos servidores de todas as repartições do município.

Segundo o sindicalista, os servidores também cobram o pagamento integral do vale transporte, pagamento de adicional de insalubridade para os Agentes e Auxiliares Escolares e aos demais servidores que laborem em contato com agentes insalubres, adição do direito da hora de jantar para a categoria da Guarda Patrimonial e a regulamentação do piso nacional da Enfermagem.

“Importante destacar, que o momento requer união e mobilização da categoria para obter aquilo que é justo e de direito. Desde o início do ano estamos buscando por meio do diálogo, um avanço nas negociações e que atenda aos anseios das categorias. Entretanto, a Prefeitura vem demonstrando uma postura desrespeitosa e intransigente, sem apresentar nenhuma proposta”, alerta Geraldo.

Ainda de acordo com o presidente do Sindserj, se o prefeito conceder um reajuste abaixo da inflação, o servidor ficará prejudicado, pois já somam três anos seguidos sem aumento. “Iremos fazer a assembleia nos próximos dias e propor o estado de greve. O sindicato segue tentando promover o diálogo, mas o governo municipal continua resistente por picuinhas e perseguições políticas”, explicou o sindicalista.