O Jornal de Juatuba e Mateus Leme colocou nas redes sociais a enquete sobre ter ou não carnaval em 2022, levando-se em consideração a boa cobertura de vacinação nos municípios e o aparente controle da pandemia da Covid-19. Muitas cidades no país estão se adiantando e já anunciaram que irão cancelar a folia de Momo no próximo ano. Algumas argumentam até, que a suspensão do evento se dá em respeito às milhares de vítimas do coronavírus no país.
Ao todo 370 pessoas compareceram à página virtual e 140 votaram na pesquisa do Jornal. Deste número, 133 pessoas disseram não à realização do Carnaval 2022, o que representa 93% dos participantes. Somente sete pessoas dos que voluntariamente participaram da enquete apoiam a realização da festa.
Vários foram os comentários que seguiram ao voto dos internautas, como de Leonan Vianna: “Carnaval só tem coisa que não presta, desnecessário realizar essa festividade. É claro que gera uma renda extra para quem trabalha nesse evento, mas tem que ter consciência”.
Cleide Nilza Cândido também fez um comentário na enquete: “Não! Acho totalmente dispensável! Obviamente estamos um pouco mais tranquilos, mas isso não pode significar exageros como uma festa do tamanho de um carnaval! É continuar se cuidando para ano que vem ser tranquilo”, alertou.
Alexandra Maria Leal escreveu: “De jeito nenhum, ainda estamos em meio a uma pandemia, enquanto 100 pessoas saem pra pular Carnaval, 50 são enterradas por este mesmo motivo. Carnaval não”, opinou.
Cenário ainda muito incerto
O Jornal de Juatuba e Mateus Leme ouviu o infectologista e professor de Medicina da UFMG Unaí Tupinambás sobre o tema. Na opinião dele, realizar o carnaval daqui a três meses é arriscado. “Fizemos uma nota técnica para a Prefeitura de Belo Horizonte contra a realização do Carnaval. O cenário ainda é muito incerto. Veja o que está acontecendo na Europa e nos EUA”, pontuou.
Tupinambás afirma também que não é possível fazer uma previsão sobre o cenário da doença com tanta antecedência. “É preciso manter a vacinação e o uso de máscaras. E, claro, torcer para que a 4ª onda não nos pegue”, completou.