Ex-servidor da prefeitura de Mateus Leme acusa assessor de assédio moral

“O locutor da Festa de Junho é o mesmo que chamou os mateus-lemenses de povinho”, disse ex-servidor, em denúncia à reportagem

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Socos na mesa, gritos intempestivos, xingamentos e perseguição são acusações que fazem parte da denúncia do ex-servidor da prefeitura de Mateus Leme, Daniel Olímpio Ribeiro, contra o assessor de Comunicação, Wesley Santos.

Em uma entrevista ao Jornal de Juatuba e Mateus Leme, o ex-servidor, afirmou que foi obrigado a pedir exoneração do cargo que ocupava, após o assessor de Comunicação, Wesley Santos, “o ridicularizar na frente de outros funcionários e começar a persegui-lo”. Daniel procurou a reportagem para relatar o ocorrido e afirmar que os episódios de constrangimento ocasionaram o desequilíbrio emocional e profissional dele. “O assédio acabou determinando que eu pedisse afastamento dos serviços e, posteriormente, deixasse o cargo”.

Segundo Daniel, depois de um dos episódios, ele registrou boletim de ocorrência contra Wesley por difamação. “Ele me chamou de mentiroso, me ofendeu na frente de outros servidores e o motivo foi o mais banal possível: o uso de um veículo oficial para a prestação de serviço da própria prefeitura.

“Eu estava organizando um curso para os alunos da comunidade de Varginha e havia apenas um veículo disponível para que eu pudesse levar um retroprojetor ao local. Eu utilizei o carro por duas horas e após chegar à prefeitura fui humilhado por Wesley na frente de diversos servidores. Ele subiu as escadas dando gritos e tirando a carteirinha da OAB do bolso, dizendo que me processaria, que eu não sabia com quem eu estava tratando. Disse ainda que não era igual esse povinho de Mateus Leme”, afirma Daniel.

Ainda de acordo com Daniel, Wesley sempre cometeu as mesmas atitudes agressivas contra outros servidores, inclusive com gritos, mas ninguém nunca teve coragem de denunciá-lo. O ex-servidor alega que só agora tornou o fato público, pois estava na Festa de Junho e viu Wesley fazendo a locução oficial do evento. “Me recordo que na época ele disse que não era de Mateus Leme, ‘desse povinho’, e que mostraria quem ele era. Como uma pessoa chama a população de Mateus Leme de ‘povinho’, apresenta um grande evento para nós”, questiona.

Tentativa de abafar o caso

O ex-servidor revelou também que à época ocorreu uma tentativa de abafar o ocorrido e que alguns secretários e a própria administração aconselhou-o a não registrar boletim de ocorrência. O Jornal de Juatuba e Mateus Leme entrou em contato com o assessor de Comunicação, Wesley Santos, no entanto, até o fechamento desta edição, o mesmo não se pronunciou sobre a denúncia.

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