Quem foi atingido pelas fortes enchentes do ano passado em Juatuba e Mateus Leme está temeroso depois do anúncio da meteorologia de possibilidade de temporais na região. Esta semana o susto foi grande com a chuva de granizo caiu em Juatuba. Suliane Vieira, mostrou através de um vídeo o momento exato da tempestade de granizo na cidade. Na gravação, a jovem conta que a chuva iniciou de forma fraca às 17h30, e foi aumentando gradualmente até que o céu escureceu e começou a chover granizo por cerca de 40 minutos.
Mesmo com a chuva cessando às 19h, diversos internautas relataram a preocupação de vivenciarem o caos do ano passado, que deixou diversas pessoas desabrigadas e moradias interditadas.
Estudo aponta risco real de alagamentos
Recentemente foi realizando estudo e cruzamento de dados do Serviço Geológico do Brasil e da Agência Nacional de Águas, que identificou diversos pontos vulneráveis para alagamentos na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Pelo mapeamento da ANA, o maior aglomerado populacional de Minas concentra 44 trechos de rios, ribeirões e córregos com alta frequência de inundações, abrangendo 26 dos 34 municípios da Região Metropolitana, incluindo a capital. O estudo aponta que o Rio Paraopeba tem altos registros em quatro cidades: Brumadinho, Esmeraldas, Florestal e Juatuba.
Perigo
Juatuba é um dos municípios com maior risco de enchentes, pois a proximidade das estruturas urbanas e moradias com áreas que podem ser atingidas por alagamentos, inundações e enxurradas é ainda maior que em outras cidades. Os piores setores foram identificados às margens do Rio Paraopeba, próximo à Nova Esperança e Ponte Nova. Outros trechos com afluentes, como o Ribeirão Mateus Leme que corta Varginha e Cidade Nova I também apresenta riscos. O bairro Cidade Satélite também é cortado pelo Ribeirão Serra Azul, que pode atingir sua capacidade máxima e provocar alagamentos.
Em situações de risco iminente, o juatubense pode entrar em contato com a Defesa Civil, que funciona 24h por dia. O telefone de contato é o (31) 9 9296-1307. O órgão também avisa sobre tempestades na região cadastrada, por mensagem de texto. Para ter acesso gratuito ao serviço, basta enviar uma mensagem para 40199 com o CEP da sua rua ou cidade. Para mais informações da Defesa Civil, acesse www.defesacivil.mg.gov.br.
Copasa apresenta ações para eventos climáticos extremos
Pacote inclui medidas imediatas, de curto, médio e longo prazos para mitigar o desabastecimento na RMBH
Diante de diversos fenômenos climáticos que vem ocorrendo em Minas Gerais, desde o calor extremo a fortes tempestades, a Copasa elaborou um pacote de ações que já está em andamento para minimizar o desabastecimento de água em bairros mais distantes dos reservatórios da Grande BH.
No último mês, as regiões que mais sofreram impacto com falta de água foram municípios e bairros localizados em regiões mais altas e mais distantes dos reservatórios que integram o Sistema Paraopeba, como explicou o presidente da companhia, Guilherme Duarte. Segundo ele, o consumo excessivo, além das ligações irregulares de água, fez com que o sistema integrado da Copasa não se recuperasse de forma eficaz para garantir água a alguns bairros.
O consumo médio da população da RMBH, que costuma ser de 15 mil litros por segundo, passou a 18,5 mil litros por segundo na semana mais crítica de novembro, quando as temperaturas chegaram a 40° C em alguns locais. “Esse consumo esteve acima de qualquer expectativa histórica ou estatística, que, de fato, afetou a distribuição da água até as áreas altas e da ponta da rede, como Santa Luzia, Pedro Leopoldo, Nova Contagem, Ribeirão das Neves, entre outros”, afirmou o presidente da Copasa.
O plano de ações envolve medidas imediatas, para mudanças de temperatura que devem ocorrer já neste mês, e de médio prazo, que envolve obras previstas para serem concluídas até agosto de 2024. A Copasa também vai criar um Comitê de Crise que deve ser estruturado nos próximos dias para atuar de forma assertiva na prevenção e no combate ao desabastecimento.
Em curto prazo, as equipes da Copasa estão verificando a possibilidade de utilização de outros reservatórios, reforço em adutoras, reativação e prospecção de novos poços, reativação de elevatórias e obras de melhoria em médio e curto prazos.