“Justiceiro” é preso em Mateus Leme suspeito de matar suposto estuprador

Homem matou a vítima, que chegou a implorar pela vida, com sete tiros. Investigações da Polícia Civil indicaram que suspeito costuma fazer "justiça com as próprias mãos"

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Um homem de 39 anos foi preso por homicídio qualificado nesta semana suspeito de matar um suposto estuprador, que possivelmente cometeu o ato em agosto de 2021. A prisão ocorreu em Mateus Leme durante a Operação Justiceiro, da Polícia Civil.

De acordo com informações da polícia, a vítima, de 37 anos, foi morta com sete tiros por supostamente ter cometido um estupro. O suspeito do assassinato contou com a ajuda da esposa para conter o homem. O casal chegou a ligar para a Polícia Militar solicitando apoio. Porém, já durante a ligação, o suspeito disparou contra a vítima, que chegou a implorar pela vida.

“Estava dormindo e ouvi um barulho. Quando saí com meu marido, tinha um cara estuprando uma menina aqui atrás da minha casa. Eu e meu marido seguramos ele”, disse a companheira do suspeito, assim que acionou a Polícia Militar pelo 190. Momentos depois, é possível ouvir um barulho de tiro, e ela se assusta. “Socorro, alguém chegou aqui!”, disse, com voz desesperada.

O que a polícia ainda não sabia era que o próprio companheiro dela tinha acabado de executar o desafeto, que teria cometido o crime sexual. Segundo o delegado Diego Nolasco, da Polícia Civil, o suspeito tem histórico de tentar fazer justiça com as próprias mãos em relação a casos de estupro e assédio sexual, e seria ligado ao tráfico de drogas na região.

Segundo a corporação, essa não teria sido a primeira vez que o suspeito tenta “fazer justiça” contra supostos estupradores. Investigações da Polícia Civil dão conta de que o investigado já teria ameaçado um parente da esposa dele, utilizando uma arma de fogo, porque a vítima teria cometido os crimes de estupro e pedofilia. Já em 2011, segundo a entidade, ele teria cometido crime semelhante, quando supostamente matou e queimou o corpo de um homem com fama de pedófilo. A PC segue investigando o caso.

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