Laudo aponta que criança que morreu com hidrocefalia não foi estuprada

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Um episódio chocou os cidadãos mateus-lemenses essa semana: Uma criança de quatro anos, com hidrocefalia, morreu no domingo de Páscoa, na UPA Thiago Cardoso depois de demorar ser atendida. Porém, as suspeitas iniciais era que a garotinha tinha sido estuprada.

Segundo a equipe médica, a paciente apresentava sinais de violência sexual: nas genitálias havia indícios de abuso, visível dilatação anal, ausência de pregas anais e rompimento de hímen. A mãe da criança, de 30 anos, que acompanhava a menina na UPA, não viu a filha morrer porque “estava ocupada mexendo no celular”, conforme ela mesmo relatou.

Um médico que atendeu a criança também constatou que ela já estava morta, com temperatura fria e princípio de rigidez cadavérica. Foi quando ele perguntou à mãe sobre o estado da filha e ela disse que não percebeu nada, pois achava que ela estava dormindo e ficou ao telefone. A criança foi levada para a sala vermelha da UPA, onde a equipe tentou manobras de reanimação, sem sucesso.

De acordo com a Polícia Militar, a vítima foi internada no início da manhã com náuseas e vômito. No fim da tarde, a criança ficou em observação sob os cuidados da mãe. A criança tinha sido internada na última sexta-feira após apresentar os mesmos sintomas estomacais. Ela foi atendida e liberada na manhã de sábado. A Polícia Militar deu voz de prisão aos pais da criança pelo crime de abandono de incapaz e eles foram conduzidos para a Delegacia de Plantão de Betim, mas prestaram esclarecimentos e na sequência, foram liberados.

“Não foi estuprada”, diz laudo

A Polícia Civil informou, nesta sexta-feira, 14, que a menina de quatro anos não foi estuprada. Segundo a polícia, no laudo pericial que atestou a causa da morte não foi encontrado nenhum vestígio de abuso sexual. Foi constatado que a menina morreu por parada respiratória e compressão cerebral.

“Inicialmente foi levantada a notícia que a menor teria falecido pela prática de abuso sexual pelos familiares, no entanto, em razão do decurso das investigações até esse momento, quer seja pelas provas periciais, quer seja pelas provas testemunhais colhidas não foram identificados atos ou condutadas que demonstrassem um suposto abuso sexual da menor”, explicou o delegado Diego Nolasco Rego.