Mateus Leme tem queda na geração de emprego e Juatuba tem pequena alta nas contratações

Serviços e indústrias foram os setores que mais cresceram em oferta de mão de obra; construção civil teve queda

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Depois de contabilizar números negativos nos dados da geração de emprego em vários meses seguidos, Juatuba e Mateus Leme assistiram um leve aumento de novos empregos nos meses de maio e junho em relação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com boletim do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, de julho, Juatuba registrou um saldo positivo de 147 postos de trabalho preenchidos no referido mês.

O mesmo levantamento mostra ainda que em Juatuba, entre janeiro e julho deste ano, foram vagas 781 vagas preenchidas, sendo que no mesmo período de 2021, foram 571 postos ocupados. Os dados pontuam que houve um aumento significativo no saldo nos primeiros sete meses deste ano. Setores como comércio, indústria e serviços ainda estão entre os com maior número de contratações.

Mateus Leme registrou saldo positivo menor, com 40 postos de trabalho preenchidos no mês. Ao contrário de Juatuba, o município acumulou um resultado menor nos primeiros sete meses deste ano, com total de apenas 191 vagas. No mesmo período de 2021, foram 380 vagas, confirmando que a cidade vive um triste momento econômico, com a falta de empregos.

Construção civil

Diferentemente de outras épocas, o setor de construção civil está entre os setores que tiveram queda nos últimos meses, embora em julho conseguiu um novo alento com o surgimento de novas vagas.  Apenas nesse mês todos os setores tiveram saldo positivo no país, com mais contratações que demissões, se analisados apenas os dados do governo federal nesse período.

Falta mão de obra e preços são caros

Na avaliação do contador Warlei Eustáquio, membro da diretoria da Aconita – Associação dos Contabilistas da cidade vizinha, Itaúna, o que faz com que os profissionais não contratem muitas vezes serviços e construção civil é a falta de mão de obra qualificada. Também entende que faltam produtos e os preços nem sempre são acessíveis. “Por causa desses fatores, acabam contratando menos impactando nos resultados do CAGED”, analisou.

Os números no país

A área de serviços foi a que mais abriu postos no país, com 81.873 novos contratos, seguidos da Indústria geral: 50.503 novas vagas; do Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas: 38.574 novas vagas; da Construção: 32.082 novas vagas, Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: 15.870 novas vagas.

“Expulsando empresários”

Mesmo com os números positivos na geração de emprego, a população não anda satisfeita com a reversão de algumas concessões feitas à empresas em 2018. Segundo populares e empresários, “o prefeito este expulsando empreendedores do município, em plena retomada após a pandemia”.

Os comentários nas redes, se deram porque na última semana o prefeito Adônis Pereira decidiu reverter ao patrimônio do município áreas concedidas a três empresas. Segundo ele, a ação ocorrerá devido ao descumprimento de regras estabelecidas em lei por parte das instituições beneficiadas. Para realizar a reversão, o prefeito encaminhou à Câmara três Projetos de Lei, que já foram encaminhados para as comissões de Finanças, Redação e Justiça. Depois de analisados, a matéria irá a plenário para votação.

As empresas que segundo o executivo municipal, “descumpriram a concessão”, foram a MK locação de máquinas LTDA; GTS transportes e locação LTDA e a SSP comércio de equipamentos industriais LTDA. O Jornal de Juatuba e Mateus Leme ouviu na semana passada responsáveis pelas empresas MK locação de máquinas LTDA e da GTS transportes e locação LTDA, em nota oficial a duas empresas contestaram a reversão e disseram estar completamente regulares, inclusive com as construções prontas e gerando empregos no município. Já com a SSP comércio de equipamentos industriais LTDA, não conseguimos contato.

Saulo Campos, profissional das áreas de engenharia e arquitetura, diretor técnico da Ascomig – Associação de Construtores de Minas Gerais, aponta que o grande boom da construção civil se deu nos governos Lula e Dilma Roussef, principalmente por causa do programa de habitação popular “Minha Casa, Minha Vida”.

Municípios andaram para trás no setor da Construção Civil

Nesse tempo até mesmo novos profissionais da construção civil surgiram e se estabeleceram no mercado. Depois disso, analisa, os financiamentos para atender programas de habitação para os mais pobres deixaram de existir fazendo com que caísse o setor de construção civil. Hoje o setor sobrevive com edificações destinadas às pessoas de maior poder aquisitivo.

“Então, no segundo governo Lula e no primeiro de Dilma houve um crescimento do setor. Em Itaúna houve uma dinâmica dessa área porque, de uma forma muito democrática desses programas, as pessoas podiam construir sua casa diretamente, através da carta de crédito, da construção com aquisição de terreno, não precisavam adquirir a casa da construtora. Vieram outras situações que não cabe aqui analisar e, agora, com o governo Bolsonaro, o programa mudou de nome, para “Casa Verde e Amarela”. Até o momento, próximo das eleições as pessoas mais pobres continuam sendo prejudicadas”, esclarece.

A construção civil caiu e andou para trás na região, na avaliação de Saulo Campos. O Plano Diretor da época do ex-prefeito Eugênio Pinto (2005-2008 e 2009-2012) inviabilizou o setor e várias construtoras migraram para outros municípios, como Pará de Minas, Divinópolis e Nova Serrana. Além de tudo isso,

Ainda segundo o empresário, os insumos para construção civil “estão muito mais caros dificultando o crescimento”, apontou. Além disso, Campos afirmou que muitos profissionais estão trabalhando em outras áreas porque não estão “pegando serviços de construção civil”, finalizou 

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