Membros do CODEMA querem suspensão de obras da ponte próxima à Serra do Elefante

Suspeita é que obra não tenha licenciamento ambiental do Estado e possa causar prejuízos irreparáveis ao meio ambiente e monumentos históricos da Rua Wenceslau Braz

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Uma denúncia feita em agosto do ano passado, pela presidente da Associação Amigos da Serra do Elefante, Cleide Nilza Cândido, sobre a exploração imobiliária na Serra do Elefante só surtiu efeito esta semana, após os vereadores Irene de Oliveira e Guilherme do Depósito tomarem ciência de uma reunião ocorrida entre o proprietário do loteamento Parque da Serra, servidores, secretários e o prefeito, Dr. Renilton Coelho. Na ocasião foi informado sobre a construção de uma ponte ou travessia dentro da Unidade de Preservação da Serra do Elefante. A obra será na rua Wenceslau Braz, a mais bonita da cidade, que é caminho para o monumento natural.

Em reunião do Conselho Municipal de Defesa e Conservação do Meio Ambiente, onde os vereadores são representantes titulares, foi apresentado laudo técnico da Secretaria de Meio Ambiente, tendo como base a vistoria do local da intervenção, deixando claro que a mesma, assim como o projeto a ser executado trarão prejuízos irreparáveis ao meio ambiente.

Os vereadores foram ao local com os membros do CODEMA e fizeram um requerimento pedindo a suspensão urgente da execução do projeto até que haja licenciamento ambiental e seja elaborado um projeto de drenagem pluvial.

Durante a reunião da Câmara esta semana, os parlamentares Irene e Guilherme destacaram a denúncia e relataram que a Serra é patrimônio cultural, paisagístico e histórico do município e também uma Unidade de Conservação. “O município não pode chegar e propor a construção de uma ponte no local sem um estudo técnico. Isso pode gerar um desastre ambiental seríssimo. Já bastam os empreendimentos construindo obras irregulares em parte da serra”, disse Guilherme.

Irene disse que além do prejuízo ambiental, uma ponte na localidade “facilitará o acesso de caminhões de carga e veículos de grande porte, que pretendem fazer extração irregular de minérios na serra, bem como o prejuízo estrutural aos imóveis históricos daquela rua”.

A vereadora pontuou também que a proposta não apresenta segurança pois o projeto não contempla a instalação de iluminação pública na ponte. “Além de todas as questões ambientais, não sabemos sequer se haverá segurança para as pessoas que irão transitar pelo local. Devemos lembrar que o trecho é de mata fechada e poderá ter intenso movimentação de turistas e moradores do bairro Central e região”, finalizou.