O vereador Reginaldo Teixeira registrou sua candidatura para reeleição ao cargo. Ele está preso desde o fim de junho sob acusação de tentativas de homicídio, participação em homicídios e peculato. Reginaldo está em seu segundo mandato no Legislativo de Mateus Leme, ele foi o parlamentar mais votado em 2016 com 721 votos. Na primeira vez em que foi eleito, o vereador exerceu ainda o cargo de presidente da Câmara.
De acordo com o chefe do cartório eleitoral de 172ª zona de Mateus Leme, nada impede que o vereador solicite o registro. “O pedido dele será apreciado e, dependendo da situação, pode ser deferido ou indeferido. Não é apenas pelo fato de estar preso que há impedimento, analisaremos o conjunto dos documentos apresentados”, explicou. Reginaldo permanece detido e ainda não foi a julgamento em nenhum dos inquéritos concluídos contra ele.
O vereador é suspeito de ligação com três mortes, uma em dezembro de 2004 e outra em julho de 2008 e ambas teriam ligação com o tráfico; a terceira, em maio de 2019, na qual um motorista da prefeitura, cabo eleitoral do vereador, foi a vítima, teve motivação política e teria sido “queima de arquivo”. As diligências sobre o caso de 2004 foram finalizadas, o que resultou na prisão preventiva de Reginaldo em junho. Já no mês de julho, uma investigação também de 2007 foi concluída, somando-se agora duas tentativas de assassinato no mesmo ano. A motivação nas duas ocorrências seria a suposta atuação de Reginaldo como justiceiro na cidade. Há ainda uma investigação sobre peculato.
É preciso lembrar que, segundo a Constituição Federal, até que seja julgado e após decisão que não caiba mais qualquer espécie de recurso, Reginaldo não poderá ser considerado culpado.