Morador lê o “Manifesto da Sede” durante reunião dos vereadores

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Após a denúncia de Paulo Márcio envolvendo o procurador-adjunto do município, o morador da região, Vanderlei Passos da Silva, leu o “Manifesto da Sede” para os vereadores e moradores que acompanhavam a reunião da Câmara.

Ele relatou no manifesto as condições desumanas que vivem os moradores dos bairros Atalaia, Coqueiral, Tiradentes e Paraíso que bebem água podre e parada, com aranhas e outros bichos, que muitas vezes é armazenada em tambores enferrujados e caixas de água sem tampa. “Às vezes, os moradores têm que escolher se usam a água para tomar banho, lavar roupa ou fazer comida. Outras vezes, não têm água para nada”.

Segundo Vanderlei, a comunidade sofre com diarreia e parasitas por causa da água que algumas vezes chega potável, mas é armazenada de forma inadequada e se torna imprópria para o consumo.

“Nossa região é caminho de todos políticos da cidade, em todas eleições, nos últimos 40 anos. Promessas foram feitas e até hoje nada resolvido. Entra prefeito e sai prefeito, e nenhuma atitude melhora as condições desumanas nas quais vive a população. Eu tenho água encanada, mas dói no coração ver que aqui tão perto, tem famílias sofrendo por água potável”, relatou.

De acordo com o cidadão, outro fator agravante é que as imobiliárias que fizeram os loteamentos continuam vendendo lotes, sem preocupação com água e esgoto, e ainda afirmando que esses serviços são obrigação da prefeitura. “Tive acesso ao contrato de compra e venda de uma imobiliária onde há uma cláusula afirmando que o comprador está ciente que o imóvel pode não possuir urbanização, sistema de abastecimento de água da Copasa ou de outra concessionária. O documento ainda diz que é de inteira responsabilidade do comprador requerer a urbanização junto aos órgãos competentes.

Vanderlei cobrou da prefeitura que convoque uma reunião junto à Copasa e os donos de imobiliária que atuam na área para encontrar uma solução para todos os moradores.

Após escutarem o manifesto, os vereadores encaminharam um requerimento à prefeitura pedindo a reunião e cobrando informações acerca da possível atuação do procurador-adjunto junto às imobiliárias.