Moradores do Jardins da Baviera denunciam empreendimento imobiliário após soterramento de nascente de água

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Lideranças comunitárias e moradores do Jardins da Baviera estão desesperados, após a prefeitura autorizar um empreendimento imobiliário a abrir novas vias na região para a comercialização de lotes. A preocupação não se dá pelo crescimento do bairro e pela abertura do loteamento, mas sim pelo possível soterramento de uma nascente na região.

De acordo com os moradores, a empresa J Lemara Empreendimentos e Construções LTDA, responsável pelo loteamento, estaria fazendo a abertura de ruas, “retirando terra e jogando em cima de uma nascente de água”. E o mais grave, segundo os moradores é que a empresa tem o aval da prefeitura de Juatuba, já que a Secretária de Infraestrutura, Maísa Aquino, assinou autorização para que a empresa realize obras, sem verificar se ou não mina ou nascente d`água no local.

Segundo informações que chegaram ao jornal, a empresa J Lemara alega que possui Certidão de Dispensa de Licenciamento Ambiental, emitida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável para a realização de obras de pavimentação e melhoramentos em rodovias. Porém, o documento não a exime de obter junto aos órgãos ambientais as demais autorizações necessárias para intervenções em área de preservação permanente, supressão de vegetação e anuências relativas às unidades de preservação ambiental.

Inércia da prefeitura

Preocupados, os moradores acionaram fiscais da prefeitura no local do empreendimento para denunciar o fato, no entanto, eles alegaram que, por decisão judicial, a empresa está autorizada a realizar as obras do empreendimento. Outra alegação dos servidores é que o empreendimento teria sido aprovado por outra administração.

Reincidência

Fontes ligadas ao jornal afirmaram que na administração passada, o Secretário de Meio Ambiente do Estado visitou o empreendimento e constatou que aquela era uma área de preservação permanente, o que resultou na paralisação das obras, que foram autorizadas novamente pela atual gestão. “Se vocês quiserem vir ver a cachoeira é melhor vir o mais rápido possível, porque daqui a seis meses já não existirá mais”, alertou uma moradora.

A reportagem tentou contato com a empresa J Lemara Empreendimentos e Construções LTDA, no entanto todos os números estavam desligados ou fora da área de cobertura.