Motorista terceirizado da prefeitura denuncia Cooperativa ao Ministério Público após atraso de pagamento

Mateus-lemense está com o pagamento atrasado há três meses e, quando procurou Cooperativa de Transportes no endereço informado, constatou que empresa não existia no local

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A cada semana, o Jornal de Juatuba e Mateus Leme traz uma nova denúncia envolvendo a administração de Dr. Renilton. Desta vez, a reclamação diz respeito ao atraso de pagamento salarial do motorista do vice-prefeito.

Atualmente, a Prefeitura de Mateus Leme tem um Termo de Ato Cooperativo junto a Águia Cooperativa de Transportes, Coopermac, que presta serviços de transporte terceirizado à prefeitura. Acontece que, a cooperativa vem atrasando os pagamentos dos funcionários, sem nenhum aviso ou justificativa.

Um exemplo dos atrasos, é o do motorista Paulo César da Silva, que está com três meses de pagamento atrasado. Ao jornal de Juatuba e Mateus Leme, ele confirmou que tentou contato com a Cooperativa diversas vezes, mas sem êxito. Sem alternativa, foi até a sede da empresa, localizada na Savassi, em BH, para tentar receber os pagamentos atrasados, mas ao chegar no local teve uma grande surpresa, quando confirmou a inexistência da empresa no endereço informado.

Imediatamente, Paulo César acionou a Polícia Militar e relatou os fatos, já que a sede que consta no contrato de prestação de serviços, não existia. À Polícia Militar, Paulo relatou que trabalha para o vice-prefeito assiduamente, sem qualquer interrupção, inclusive com as comprovações junto à prefeitura, mas que há três meses os pagamentos foram interrompidos.

“Eu levo o vice-prefeito para diversas reuniões e lugares; já fiz transporte até para a Polícia Militar. Já saí de casa 5h da manhã e sequer cobrei horas extras. Eu entrei para prestar serviços através do Secretário de Administração, Fabrício Canguçu e, acontece que o pagamento está há três meses atrasados e não tenho apoio nenhum da prefeitura. Além disso, não consigo falar em nenhum telefone da Cooperativa”, revela.

Ainda segundo o motorista, além de ir até o endereço da Cooperativa e notar que ela não existia no local, ele esteve no endereço do presidente da Coopermac e identificou também que o presidente da entidade nunca havia residido no local.

“Esse tal de Fernando que é o presidente da Cooperativa nunca morou no local informado. A minha situação está complicada: não tenho dinheiro, o meu carro já está com busca e apreensão e estou pedindo socorro para viver. O que mais me indigna é que eu trabalhei e não recebo há três meses” revelou Paulo.

Logo após a visita de Paulo à suposta sede da empresa, por meio do WhatsApp, a Cooperativa informou que a Prefeitura de Mateus Leme, não havia efetuado o repasse de abril e maio até o momento.

“Estamos cobrando diariamente da prefeitura os repasses em atraso e informando a eles as cobranças que a Cooperativa tem recebido dos cooperados. Mas até o momento não temos uma posição sobre a previsão dos repasses”, disse a Cooperativa pelo aplicativo de mensagens.

Ainda sem solução, o motorista encaminhou a denúncia ao Ministério Público de Minas Gerais, relatando o atraso nos pagamentos e sobre a suposta inexistência da Cooperativa na Rua Sergipe, na Savassi, em BH. O motorista também encaminhou uma carta de cobrança à Coopermac, por meio de advogados.