MPMG e GAECO cumprem mandados de prisão em Mateus Leme

Ação teve o objetivo de investigar o ingresso de aparelhos celulares e outros objetos proibidos em estabelecimento prisional, além de crimes de corrupção ativa, passiva e tráfico de drogas, praticados por organização criminosa

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O Ministério Público de Minas Gerais, através do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado – GAECO Regional de Governador Valadares e a 6ª Promotora Criminal da cidade, deflagraram a 2ª fase da Operação Suíte. A ação teve o objetivo de investigar o ingresso de aparelhos celulares e outros objetos proibidos em estabelecimentos prisionais da região, além de crimes de corrupção ativa, passiva e tráfico de drogas, praticados por organização criminosa.

Na ação, foram cumpridos 30 mandados de prisão preventiva e 32 de busca e apreensão, determinados pelo Juízo da Segunda Vara Criminal da Comarca de Governador Valadares. Eles foram cumpridos em Mateus Leme, Governador Valadares, Frei Inocêncio, Conselheiro Pena, Coronel Fabriciano, Timóteo, Conselheiro Lafaiete, Contagem, Carmo do Paranaíba, em Rio Bananal/ES, Curvelândia/MT e São Paulo. Seis pessoas foram presas em flagrante e três seguem foragidas.

A polícia informou que a investigação apurou a existência de organização criminosa que facilita, mediante pagamento, o ingresso de aparelhos celulares, drogas e itens proibidos em estabelecimento prisional e o consequente uso e comércio destes itens pelos custodiados.

A investigação apontou que assim que chegavam às unidades prisionais, os presos condenados eram alocados provisoriamente em uma cela conhecida por “Suíte”, onde eram informados sobre como funcionava o “esquema” para ter acesso a aparelhos celulares, celas com sinal de celular, objetos proibidos na unidade etc. Foi apurado também que facilitação para o ingresso dos objetos envolvia servidores públicos, presos integrantes de organizações criminosas e presos escolhidos como “faxinas” nos pavilhões.

Ainda segundo a investigação, os presos com acesso aos aparelhos continuavam a comandar o tráfico de drogas e crimes violentos nos territórios respectivos do lado de fora da unidade e ainda lucravam com aluguéis ou revendas dos itens para os outros presos da unidade prisional.

Segundo a polícia, entre janeiro de 2020 e novembro de 2021, considerando que durante a maior parte do período a visitação social foi suspensa em razão a pandemia, foram apreendidos 359 aparelhos celulares dentro de unidades prisionais. As cidades dessas apreensões não foram divulgadas. A operação contou com o apoio da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Corregedoria da Secretaria de Estado e Justiça e Segurança Pública do Estado de Minas Gerais, o GAECO de BH, Ipatinga e Patos de Minas, além dos GAECOS dos Estados de São Paulo, Matogrosso e Espírito Santo, Polícia Militar e Polícia Civil do Estado do Mato Grosso e Polícia Civil do Estado de São Paulo.

Participaram da operação, nove promotores de justiça dos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Espírito Santo, 115 policiais militares, dois policiais civis, quatro policiais penais, dois oficiais de justiça do Estado de Minas Gerais, um policial civil e sete policiais militares do Estado do Mato Grosso, 12 policiais militares do Estado do Espírito Santo e seis policiais civis do Estado de São Paulo. A polícia informou ainda que a apuração segue em segredo de justiça e que novas atualizações e dados vão ser divulgados.