Um Guarda Municipal de Belo Horizonte foi morto pela namorada no sítio da família, em Mateus Leme. Após cometer o crime, motivado por ciúmes, a própria mulher ligou para a polícia.
Segundo informações do boletim de ocorrência, Luiz Antônio Faria Leonel, de 35 anos, trabalhava como guarda civil municipal em Belo Horizonte. O homem e a namorada, haviam ido para o sítio passar o fim de semana. A suspeita inicial é que a mulher, de 26 anos, tenha assassinado o namorado a pedradas e facadas.
A vítima recebeu mensagens do irmão perguntando se ele estava ficando com uma outra mulher e a jovem de 26 anos, desconfiada da uma suposta traição, começou a discutir com o homem e durante a briga, deu uma pedrada na cabeça dele e, em seguida, levou-o ao banheiro para lavar o sangramento.
Depois, o casal se desentendeu novamente e a suspeita deu uma facada no lado esquerdo do peito da vítima, que morreu no local. Ela jogou a faca no fundo da piscina.
Logo após, a mulher ligou para um amigo do homem e contou o que havia acontecido. Ele foi até o local e chamou a polícia. Em conversa com os policiais, ela informou que “estava junto do homem há sete anos e que eles não tinham histórico de violência”.
A perícia compareceu ao local e recolheu a faca tipo peixeira e a pedra utilizada no crime. O corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto Médico Legal de Betim. A suspeita foi presa e levada para prestar depoimento na delegacia de Plantão da mesma cidade.
Em nota, o comando da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte lamentou o ocorrido e informou que a vítima tinha ingressado na corporação em março deste ano.
“A namorada, com quem ele mantinha um relacionamento há sete anos, confessou o crime. Ela alegou que não usavam drogas e nem era vítima de violência doméstica, tendo cometido o crime durante uma crise de ciúmes, após ler uma mensagem no celular do agente, onde o irmão dele perguntava se ele estaria se relacionando com outra mulher. O crime será investigado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil”.
Mulher é solta um dia após o crime
A juíza Karina Veloso Gangana Tanure, da 1ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude da Comarca de Mateus Leme decidiu liberar da prisão a mulher que confessou ter matado o namorado.
A juíza considerou que a suspeita acionou a Polícia Militar, além de permanecer no local dos fatos, “o que deve ser considerado no presente caso em apreço”. “Cumpre apontar que a conduzida é primária, de bons antecedentes, não havendo nenhum fato anterior que a desabone, bem como, pelo que se pode extrair, não apresenta periculosidade para o meio social, tendo colaborado com a Justiça”, diz trecho da decisão.
A mulher terá que cumprir três medidas cautelares: assinatura de termo de compromisso de comparecimento a todos os atos da investigação e da futura ação penal; comparecimento mensal perante o juízo de residência para informar e justificar suas atividades e, por último, não sair de Belo Horizonte durante o processo sem uma autorização prévia judicial.