A semana foi marcada por uma manifestação contra a venda da Refinaria Gabriel Passos em Betim. Petroleiros e representantes de sindicatos de outros estados ligados à Federação Única dos Petroleiros e à Federação Nacional dos Petroleiros se reuniram no gramado da refinaria. De acordo com o Sindicato dos Petroleiros de Minas, há um um sucateamento da Regap em andamento para que ela possa ser privatizada. Além disso, os trabalhadores denunciam a falta de transparência da Petrobrás em relação à venda da refinaria.
Os sindicalistas alegam que a privatização pode prejudicar a economia local, com a elevação do preço da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, como ocorreu em outros estados após a venda. “Queremos alertar a sociedade para os prejuízos que essa privatização vai trazer ao povo mineiro, como aumento de preços dos combustíveis, queda na arrecadação de impostos, demissões em massa, risco de acidentes ambientais e ameaça à independência energética, entre outros”, afirma Alexandre Finamori, coordenador geral do Sindipetro.
Além do protesto contra a privatização da estatal, os transportadores reivindicaram melhores condições de trabalho e aguardam mesa de negociação com a empresa para esclarecimentos sobre a iminente venda da refinaria.
De olho na bomba
A boa notícia para todo o estado é que o governador Romeu Zema, anunciou esta semana a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços do etanol. Com a medida, a alíquota do tributo que era de 16% desde janeiro de 2018, passa a ser de 9,29%.
De acordo com estudo da Secretaria de Estado de Fazenda, a redução do ICMS deve diminuir o preço do etanol em R$ 0,47 por litro. A previsão é que a arrecadação anual do estado caia cerca de R$ 900 milhões.
Já o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais estima redução de aproximadamente R$ 0,35 no litro do etanol. A previsão é que os postos reduzam o preço do etanol até o final desta semana.
