Prefeitura corta distribuição de medicamentos nos postos de saúde

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Há alguns anos, a Prefeitura de Mateus Leme distribui medicamentos de graça para o tratamento de diabetes, asma, hipertensão, entre outros, nos Postos de Saúde. O serviço facilita a vida do paciente, que evita ter que buscar os medicamentos na Farmácia de Todos.

Acontece que essa realidade mudou, depois que a Prefeitura emitiu comunicado sobre o fornecimento dos medicamentos de controle especial e de retenção de receitas. A justificativa, segundo comunicado, é “atender as recomendações do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Minas Gerais”. O informe diz ainda que “os medicamentos sujeitos à controle especial e retenção de receitas, somente serão dispensados na Farmácia de Todos no honorário de 07H às 17H”.

Diversos pacientes reclamaram pelas redes sociais que a decisão de concentrar e unificar a distribuição dos medicamentos em uma só unidade de saúde, certamente trará muitos transtornos e dificuldades para o cidadão que faz uso dos mesmos, considerando que a maioria é de pessoas idosas, que têm enfermidades crônicas e que por isso têm e devem ter tratamento especial, não podendo se dar da forma como imposta no comunicado.

Outra reclamação dos usuários é que os medicamentos são também fornecidos para os moradores dos distritos de Azurita, Sítio Novo, Serra Azul, Povoados do Jardim, Freitas, Alto da Boa Vista e Varginha, “que certamente passarão por extrema dificuldade para aquisição dos mesmos, uma vez que terão de contar com disponibilidade maior de tempo e de veículo para locomoção”.

Após a repercussão negativa da decisão, a vereadora Irene de Oliveira, protocolou um requerimento ao executivo, solicitando a revogação da medida. Segundo a parlamentar, o período de frio e de poeira mais intensos, faz com que o número de pessoas acometidas com doenças respiratórias, principalmente idosos e crianças, sofra um aumento considerável, aumentando, consequentemente, o uso de medicamentos antibióticos, que somente são fornecidos mediante retenção de receitas.

“Como se vê, a concentração do fornecimento dos medicamentos em uma só unidade de saúde tratará dificuldades para o cidadão que necessitará sair de seus bairros, povoados e distritos para adquiri-los e ainda ocasionará grande congestionamento na unidade de saúde que estará responsável por fornecê-los, dado o grande número de pessoas por dia que lá comparecerá, além de trazer sobrecarga de serviços aos servidores públicos”, enfatiza Irene.

Além do pedido de revogação da medida, a vereadora solicitou a “disponibilização de mais farmacêuticos para que a distribuição seja mantida como está, que estes sejam contratados pelo Município, visando sempre o bem estar da população”.