Prefeitura de Juatuba retira maquinário parado há três meses no bairro Satélite e abandona a obra inacabada

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Mais um caso de negligência e despreparo da Secretaria de Obras de Juatuba veio à tona nos últimos dias. Cansado do incômodo causado por uma obra de pavimentação asfáltica que se arrasta há três meses na Avenida Juscelino Kubitschek, no bairro Cidade Satélite, o pintor Gilmar Xavier, conhecido como Mazinho, compartilhou um vídeo com um desabafo sobre a situação. 

Na publicação, o morador expôs o descaso da empresa responsável, que deixa as máquinas de compactação paradas durante vários dias, sem avançar com o serviço. Segundo Mazinho, nesse período, poucos dias foram efetivamente dedicados ao trabalho de pavimentação.

“Durante todo estes três meses em que estiveram aqui, você pode contar os dias que foram trabalhados. No início, a chuva atrapalhou um pouco, mas quando o clima melhorou, continuaram sem trabalhar”, denuncia. 

De acordo com o morador, o trecho que estava sendo asfaltado era pequeno e poderia ser concluído em, no máximo, duas semanas. Mas quase 100 dias depois, nenhum avanço foi feito. “É um pedaço de aproximadamente 500 metros, que é o trajeto do ônibus que sai de Mateus Leme para chegar na MG-50”, revela. 

Além do descaso com o erário público que a inatividade dos trabalhadores gera para as contas do município, a demora na conclusão da obra também causou outra preocupação nos moradores. Segundo Gilmar, além da poeira e o transtorno com o trânsito interditado na faixa da obra, a vizinhança está apreensiva com a possibilidade de danos que a trepidação das máquinas de compactação pode causar aos imóveis. Apesar de serem usadas esporadicamente, ainda assim, poderá afetar a estrutura dos imóveis. “Quando a gente questionava, os operadores começavam a andar com as máquinas para cima e para baixo, compactando o solo e fazendo vibrar todas as casas, inclusive o meu teto de gesso ficava tremendo”, conta. 

Após o vídeo de denúncia de Mazinho viralizar, a empresa responsável recolheu as máquinas. No entanto, o que deveria ser alívio, aumentou o pesadelo. A obra que se arrastava, agora está abandonada. A empresa foi embora, a obra ficou inacabada, deixando o local coberto por uma nuvem de poeira que invade as casas, além do trecho intransitável. “Fizeram a base para poder receber o asfalto, mas não há como passar veículo e a poeira é insuportável. Eu mesmo tive que improvisar alguns obstáculos para evitar que carros passem pelo trecho interditado”.