A Câmara de Juatuba aprovou o requerimento do presidente da Câmara, Laécio do Silvestre, solicitando a documentação que envolve o contrato da prefeitura com a empresa de terraplanagem Construtora Zag Ltda. O parlamentar pede a cópia das medições da pavimentação e tapa-buracos. Além desses dados, a Prefeitura deverá também encaminhar as notas fiscais e o empenho de pagamentos dos serviços executados, além da cópia da ata de adesão do convênio.
Segundo o vereador, a Construtora Zag é responsável pela operação tapa-buracos e também pela pavimentação da rota escolar e o objetivo é fiscalizar a empresa fazendo a correlação entre o que está sendo executado com as obrigações descritas em contrato, como também os pagamentos já realizados.
O contrato faz parte do crédito especial aprovado pela Câmara para que a prefeitura contraísse empréstimo no valor de R$25 milhões, junto à Caixa Econômica Federal destinado a serviços de infraestrutura. Dentro do pacote de obras, estão previstas pavimentação asfáltica e substituição da iluminação pública por lâmpadas de LED no município.
Segundo o vereador, desse recurso, parte seria destinada à empresa que faria a maior parte da urbanização do município. “Há uma informação extraoficial de que a Prefeitura aderiu a uma ata no valor de R$18 milhões com a empresa Zag e isso preocupa a Câmara. Portanto, pedimos toda a documentação para verificar a transparência do acordo e examinar o que já foi pago e o que está sendo feito”, enfatiza.
Rede pluvial
Outro ponto destacado pelo vereador é quanto à execução das obras. A forma como a pavimentação está sendo realizada tem preocupado os parlamentares. Ele alega que a fiscalização feita pela Câmara constatou que o serviço está sendo realizado sem o devido preparo. Segundo Laécio, a pavimentação deveria ser feita depois das obras da rede pluvial. “A forma como está sendo feita eu não concordo. Estão colocando em alguns lugares o asfalto sem fazer a rede pluvial”, revela.
Ainda de acordo com o vereador, a execução feita pela metade vai gerar prejuízo para o município, já que futuramente, ao executar a rede pluvial, o serviço de cerca de R$18 milhões terá de ser refeito novamente. “Deveria ser uma obra mais consistente, para que seja feita uma vez só. Durante a fiscalização que temos feito, do jeito que vimos, isso deverá causar prejuízo futuro, pois será preciso quebrar todo esse asfalto para fazer a rede pluvial. Fazendo os dois juntos, a prefeitura economizaria, respeitando o dinheiro dos juatubenses”, finaliza.
