Mais uma vez, a administração de Mateus Leme foi alvo de duras críticas dos servidores da Educação que reclamam da desorganização com relação aos protocolos de segurança que garantem o retorno seguro às salas de aulas pelos alunos e professores.
De acordo com a pedagoga Elaine Vilela, da Escola Helen Jaqueline de Souza, em Azurita, as aulas retornaram e vários problemas foram registrados.
“As serventes estão fazendo papel de professores eventuais, inclusive medindo temperatura dos alunos, com termômetros que muitas vezes não funcionam. Quem tem que fazer esse trabalho são as eventuais ou a vice-diretora. As serventes deveriam lavar os banheiros e manter as escolas limpas, mas nem álcool há na maioria das unidades de ensino. E mais, o banheiro que utilizamos, por exemplo, é compartilhado por homens e mulheres”, revela.
A professora disse ainda que não há sala isolada para quem apresenta algum sintoma da doença e que falta papel toalha e lixeiras com pedal. “Além de todos esses problemas que informei o que mais me preocupa é a falta de profissionais para ajudar os professores. A Secretária de Educação afirmou que não está conseguindo contratar no momento, mas eu não acredito nisso”.
Em contato com outras educadoras, elas confirmaram que há protocolo de segurança na entrada das escolas, mas que a situação está parecida em praticamente todas as instituições. O Jornal de Juatuba e Mateus Leme fez contato com várias educadoras que reclamaram dos mesmos problemas e ainda informaram que o vale transporte ainda não foi repassado pela prefeitura.
Falta coordenação
Já não é a primeira vez que a educação de Mateus Leme vira alvo de críticas. Em julho, a divulgação de uma nota “falsa” que solicitava a elaboração de procedimentos para o retorno das aulas presenciais híbridas, em agosto na Unidade de Educação Infantil – “UMEI Dona Carmita”, foi o estopim para uma série de manifestações dos profissionais de educação. Em agosto, diversas professoras entraram em contato com o Jornal e demonstraram insatisfação com o desencontro de informações e a falta de planejamento para o retorno “híbrido”, anunciado pela secretaria em uma reunião a portas fechadas, onde nem todos os servidores da educação foram convidados.