No início de outubro, o prefeito encaminhou à Câmara uma série de projetos de concessão de terrenos às empresas, numa tentativa clara de frear o desemprego e aumentar os postos de trabalho no município que vinham caindo mês a mês, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Dentre os projetos, estava o que faz a concessão de um terreno de pouco mais de 45 mil metros ao Grupo Life Participações LTDA, que atua na fabricação, venda e distribuição de bebidas da marca Laut, que tem sede em Nova Lima.
De acordo com a matéria, a empresa vai gerar cerca de 200 empregos diretos e indiretos e sua unidade fabril terá a capacidade de produção de cerca de três milhões de litros de chope, cervejas em lata e garrafa, por mês. Segundo o projeto, em contrapartida à concessão do terreno, a empresa deveria destinar R$450 mil que serão utilizados para a realização de reforma completa do Poliesportivo municipal, a construção de três quadras de futebol de salão e uma pista de skate, que seria na área externa do espaço.
Vista
E foi pela contrapartida que o vereador Láecio do Silvestre pediu vista do PL. Segundo ele, um investimento tão alto não pode ser realizado em uma área que está propícia a alagamentos, como é o caso do Poliesportivo, que fica ao lado do Ribeirão Serra Azul.
“Eu não posso votar esse projeto da forma que ele foi apresentado. Em 2007 eu fui contra a construção do Poliesportivo no local onde ele está, com a justificativa que a área era propícia a inundações. Infelizmente isso veio a se concretizar durante os últimos temporais, o que prejudica cada vez mais a estruturação do espaço esportivo. Eu não posso ser incoerente com algo que fui contra há alguns anos. Proponho uma discussão da aplicação dos recursos com o executivo”, explica.
O pedido de vista foi feito pelo vereador para que o PL seja melhor para examinado, adiando, portanto, sua votação. A vista foi concedida pelo presidente da Câmara, pelo prazo improrrogável de até cinco dias.