Assessoria estrangeira aponta descumprimento de acordos da VALE

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A empresa multinacional americana de consultoria em infraestrutura, AECOM, uma das responsáveis pela auditoria independente dos estudos socioambientais na Bacia do Rio Paraopeba, apresentou os novos resultados gerados pelos Estudos de Avaliação de Risco a Saúde Humana e Risco Ecológico feitos em Juatuba e região.

Em um encontro com a Vale, Ministério Público e atingidos, a empresa afirmou existir erros no planejamento das atividades de campo do Grupo EPA Engenharia de Proteção Ambiental, outra assessoria independente. A AECOM recomendou aos interessados, a realização de um novo plano de ação, uma vez que o plano apresentado há três meses foi insuficiente. A proposta foi reafirmada pelo Ministério Público de Minas Gerais e aceita pelo Grupo EPA.

A AECOM também apresentou que emitiu nota técnica com 57 novas recomendações de melhorias sobre o relatório da Área de Estudo Ecológico, elaborado pelo Grupo EPA. A auditoria afirma que apenas nove das 59 recomendações dadas anteriormente não foram acatadas e expôs que a FEAM reprovou o relatório. Assim, o Grupo EPA deverá apresentar uma nova versão.

Acerca do projeto piloto sobre qualidade do ar, a AECOM afirma que o Grupo EPA apresentou a 3ª versão do projeto. Foram protocoladas duas versões que não atendiam as recomendações da AECOM, sendo elas: informações quanto a acreditação de laboratórios e o processo amostral.

A auditoria afirmou também que a FEAM reprovou o projeto em razão das fragilidades metodológicas. Ficou estabelecido, por recomendação da AECOM, que o Grupo EPA deverá entregar nova versão do projeto piloto com as devidas correções e fundamentando a necessidade do estudo frente a FEAM.

Sobre a ferramenta para cálculo do risco ecológico, com entrega prevista para outubro de 2023, a AECOM estabeleceu que o Grupo EPA solicite formalmente a análise e aprovação da mesma pela FEAM, o que ainda não foi feito.  A AECOM apontou ainda que não foi entregue pelo Grupo EPA a 8ª versão do plano de trabalho para Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais, que estava prevista para 12 de maio de 2023.