Moradores do Jardim do Lago sofrem com lixão e explosão de casos de dengue

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Os bota-foras irregulares são comuns em vários bairros de Juatuba e Mateus Leme e as comunidades onde há esses verdadeiros “lixões” já se cansaram de denunciar. Sem qualquer sentimento de civilidade ou apreço ao meio ambiente, cidadãos descartam móveis velhos, entulho, lixo e até animais mortos em diversos pontos das duas cidades.

A crítica é feita aos “sujões”, que na maioria das vezes descartam os materiais na calada da noite. Mas, segundo alguns populares, as prefeituras, que são responsáveis pela limpeza e manutenção das áreas públicas, não têm cumprido o papel que lhes cabe.

Um lixão a céu aberto devido ao descarte inadequado de resíduos tem sido um verdadeiro pesadelo para a comunidade do bairro Jardim do Lago, em Juatuba. Diariamente, os moradores enfrentam as consequências do problema que está agravando o número de casos de dengue. “Não adianta limpar o quintal se o lixão está ao lado”, desabafam moradores, nas redes sociais.

A dona de casa Viviane explica que “apesar de manter o lote de sua residência limpo, o lixão atrai pragas como escorpiões e ratos, colocando em risco a segurança e o bem-estar da vizinhança”. Recentemente, ela foi vítima da picada de um animal peçonhento. “No meu lote tem aparecido muito escorpião. Eu fico com muito medo, porque já fui picada e, outro dia, achei um dentro da minha casa novamente”, conta.

O acúmulo de diversos tipos de resíduos só piora a situação. Desde pneus até sobras de construção, passando por garrafas PET e vidro, o lixão se tornou um depósito para todo tipo de material inservível. A falta de fiscalização da prefeitura no local deixa os moradores sem esperança de uma solução imediata.

Risco de dengue

A situação no Jardim do Lagose agrava ainda mais nesta época do ano já que, o lixão é um local é propício para o aparecimento de criadouros do mosquito Aedes aegypti. O número alarmante de casos na região tem deixado os moradores em estado de alerta. “Tem muitos casos de dengue aqui. Há pessoas que ainda estão acamadas, outras já saíram e já se recuperaram”, denuncia Viviane que afirma que a dificuldade de acesso aos serviços de saúde, devido à distância do posto, é outro fator que aumenta a preocupação da comunidade.

Segundo algumas lideranças locais que conversaram com nossa reportagem, as campanhas promovidas pela prefeitura têm pouco impacto porquenão são acompanhadas de uma fiscalização eficaz. “Não adianta o poder público fazer campanhas e não ter fiscalização rígida no local”, explicam.