Ascotélite e APAE reúnem mais de 200 pessoas em encontro sobre conscientização do autismo

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A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Juatuba, em parceria com a Associação Comunitária do bairro Cidade Satélite, Ascotélite, encerrou o mês de conscientização sobre o autismo com um ciclo de palestras sobre o tema. Mais de 200 pessoas compareceram ao evento, demonstrando a importância de iniciativas que abordam a inclusão da comunidade nesse universo. Além de dirigir-se aos pais e familiares de crianças autistas, a iniciativa mostra como é importante envolver a sociedade e destacar a importância e responsabilidade do acolhimento.

Diversas vozes compuseram a lista de palestrantes, proporcionando ao público diferentes perspectivas sobre o autismo. A visão profissional da psicóloga e psicopedagoga Tatiana Righetti, e de Michele Siqueira, presidente da Comissão de Pessoas com Deficiência da OAB/MG somaram ao relato pessoal de Ana Carolina Correia Leles Tomaz, mãe atípica. 

Entre os participantes, estavam familiares de crianças com autismo, autoridades, representantes da comunidade e professores que, além de reflexões sobre o tema, receberam informações sobre os direitos das pessoas autistas e o capacitismo.

Apesar da grande adesão da comunidade ao evento, a gestora financeira Márcia Costa, presidente da Ascotélite, lamentou a ausência de representantes do poder público municipal. “O poder público quase não esteve presente. Tivemos a participação de um vereador e de um representante da Prefeitura, mas ambos permaneceram pouco tempo”. Segundo ela, a presença de professores da rede municipal seria extremamente importante para debater o tema. “Acredito que a prefeitura deveria mostrar mais interesse em enviar representantes, especialmente da área educacional, para compreender os direitos dos autistas, que são frequentemente negligenciados”, afirma.  Ela lembra que os professores desempenham um papel fundamental no processo de inclusão. “Constantemente, ocorrem violações e os professores não recebem preparo para lidar com isso. Isso deveria ser dado a eles. A falta de inclusão não ocorre devido à falta de interesse, mas pelas poucas políticas públicas de capacitação e treinamento por parte do poder público”, enfatizou.