Falta de limpeza em fossas provoca mau cheiro em diversas comunidades

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Em Juatuba, segundo dados do Sistema Nacional de Infor­mações sobre Saneamento, apenas 31,63% da população é atendida com esgotamento sanitário, frente a média de 77,38% do estado e 65,87% do país, ou seja, o esgoto de 18.423 habitantes não é cole­tado, número preocupante frente aos quase 30 mil habi­tantes do município.

Sem rede de esgoto da Copasa, grande parte dos imó­veis tem fossas sépticas e a alternativa que seria indicada apenas para a zona rural ou residências isoladas, se tornou prática comum na cidade.

O Jornal de Juatuba e Mateus Leme tem recebido várias denúncias nos últimos meses a respeito da falta de coleta dos rejeitos das fossas. Sem a manutenção regular, que foi assumida recentemente pela prefeitura, as fossas cheias começaram a causar problemas para a população de diversas regiões, como a contaminação dos lençóis freáticos que abas­tecem os bairros e o transbor­damento dos fossos, gerando intenso mau cheiro. Além des­ses problemas, os moradores relatam também a proliferação de baratas, ratos e escorpiões.

Segundo o enfermeiro Gui­lherme Martins, morador do Distrito de Francelinos. Em tempos de seca, crise hídrica e racionamento, que diminui a circulação de água no esgoto, a sensação do mau cheiro fica ainda pior. “Infelizmente a pre­feitura não faz a limpeza da fossa regularmente, uma medida fundamental para evi­tar contaminações, mau cheiro e doenças causadas pelo acú­mulo dos dejetos. A limpeza deve ser feita no sentido de combate às doenças, vermes e endemias como, por exemplo, a cólera. Infelizmente, estamos à mercê da boa vontade do poder público”, relatou.

“Algo não cheira bem”

Em dezembro de 2021, a prefeitura contratou a empresa ‘GWA Transportes e Serviços Eirelli’ para a presta­ção de serviços de locação de caminhão limpa fossa, em caráter emergencial, por três meses. O contrato foi no valor de R$100 mil por mês, ou R$25 mil por semana, o que significa R$5 mil por dia útil, para a coleta dos resíduos.

Embora o prefeito alegasse na ocasião que a contratação por dispensa de licitação foi necessária “devido ao aumento da demanda no período da crise causada pela COVID- 19”, a Câmara solicitou informações acerca do contrato, mas a pre­feitura até agora não respon­deu e nem enviou cópias dos documentos.

“Nada resolvido”

Recentemente, a reportagem recebeu informações de que o esgoto de Juatuba estava sendo despejado em rios e ribeirões que cortam o município. Além disso, as reclamações se somam aos transbordamentos de tubulações de esgoto nas principais vias da cidade. De acordo com os denunciantes, “até a tarde de ontem, nada havia sido resolvido e o mau cheiro continuava”.

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