Jovem é acusado de falsidade ideológica após questionar atos administrativos do prefeito

Em nota ao Jornal, Guilherme Moraes se defendeu, afirmando que “é sim agente penitenciário, e que foi acusado simplesmente por questionar o mandato do prefeito”

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Uma acusação pode ir parar na justiça após ser publicada nas redes sociais. Esta semana, uma internauta de nome “Ana Lívia” publicou documentos de uma ação penal de “estelionato majorado”, da comarca de Igarapé, que envolvem o jovem Guilherme Moraes, crítico ferrenho das ações administrativas do prefeito Adônis Pereira.

Na publicação, um número de telefone com o nome Ana Lívia, afirma em nota que Juatuba já teve um juiz fake, um monsenhor fake e agora tem um policial penal fake. “Quem vê o cara gravando os vídeos e a rede social dele acha que ele é policial penal, com mais de 12 anos de experiência. Mas agora todo mundo que foi enganado, tem que saber sobre o processo que esse Guilherme Almeida Moraes está enfrentando por estelionato majorado, artigo 171, e ele tem enganado muita gente, igual ele enganou a pessoa para passar na frente e tomar dose de vacina falando que é policial penal, sendo que ele foi desligado da função”, alega a internauta.

Na ação mencionada pela internauta, a denúncia apresentada ao Ministério Público Estadual informa que Guilherme “identificou-se como Policial Penal na Policlínica de São Joaquim de Bicas, quando pediu para vacinar-se como grupo prioritário da área prisional”.

Segundo o MP, na ocasião, foi verificado pelas servidoras da unidade de Saúde que o nome de Guilherme não estava relacionado na lista disponibilizada pela unidade prisional, mesmo assim, o mesmo apresentou carteira funcional, “induzindo segundo o MP, a funcionária ao erro, fazendo com que ela aplicasse nele a primeira dose do imunizante contra Covid-19”.

Em contato com Guilherme, ele afirmou que faz parte da luta de classe junto ao sistema prisional e que foi desligado de maneira indevida por estar afastado e incapacitado em decorrência de acidente de trabalho. “Por ser atuante pela defesa dos direitos dos servidores públicos, acabei sendo denunciado como forma de retaliação; porém o processo foi arquivado duas vezes”, explica.

À reportagem, o jovem apresentou contracheques, que comprovam o afastamento da função de Policial Penal. Em vídeos encaminhados à reportagem, ele comprova que sofreu acidente e teve que requerer o afastamento de suas funções.

“Eles estão compartilhando processos antigos que foram extintos para me caluniar perante a nossa sociedade. Se eles estão achando que isso vai me amedrontar, estão enganados. As cobranças serão dobradas agora. Já sabemos quem é que está compartilhando esses materiais por meio de um perfil fake. Me sinto lesado por ter sido exposto em redes sociais, mas providências judiciais estão sendo tomadas”, alerta.