Para driblar os aumentos, empresários de Juatuba e Mateus Leme cortam custos e reduzem despesas

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A crise hídrica está determinando um aumento da tarifa de energia recorde e a Agência Nacional de Energia Elétrica anunciou reajuste de 52% na bandeira vermelha nível 2, cujo preço passou de R$ 6,24 para R$ 9,49, a cada 100 kWh.

O impacto, que deve valer até novembro, influencia diretamente as pequenas e médias empresas, cujo consumo está justamente na faixa do aumento previsto e, a esperada recuperação das vendas pelo comércio e o aquecimento da economia pelas indústrias fica cada vez mais distante. 

Redução de gastos

Sem alternativas, alguns empresários de Juatuba e Mateus Leme estão optando por cortar os custos desligando máquinas e equipamentos de grande consumo. 

A conta de energia do empresário Marcelo Araújo, dono de uma fábrica na região Central de Mateus Leme, praticamente triplicou nessa pandemia e, de pouco mais de R$ 100, passou para R$ 300. “Temos um gasto considerável de energia e buscar medidas de redução dos custos virou rotina na unidade industrial. O que temos feito é tentar fazer nossos produtos em escala, para deixar o maquinário ligado o mínimo possível”, explica.

Já o proprietário da Casa de Carnes Juatuba, Eduardo Vilaça Duarte, diz que seu negócio está sofrendo os efeitos do aumento da energia e da água. “A falta de uma política e gestão inteligente dos recursos hídricos sempre acarretarão crises, como essa que estamos passando. Da nossa parte, fazemos o possível para poupar, mas nosso segmento é muito dependente da energia elétrica e da água. Porém, prevendo o racionamento de energia, investimos em uma usina de energia solar renovável, que nos fará economizar e ser sustentáveis”, revela.

Tudo mais caro

A crise hídrica que atinge o Brasil afeta a economia em várias frentes e torna ainda mais frágil a expectativa de uma recuperação da atividade econômica. Segundo o IBGE, no segundo trimestre deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 0,1%.

De imediato, a seca além do aumento do preço da conta de luz, se transformou em mais motivos para a alta dos combustíveis e dos alimentos. 

Segundo as estatísticas, o impacto total da seca no PIB do Brasil ainda é difícil e o tamanho da crise e se o país vai precisar adotar um racionamento, por exemplo, só vai ficar mais claro nos próximos meses, a depender da quantidade de chuva nos reservatórios.

Na semana passada, o Operador Nacional do Sistema Elétrico informou que a capacidade atual do país de geração de energia elétrica será insuficiente para atender à demanda a partir de outubro.

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