Projeto ‘Som, Câmera e Ação’ chega a Mateus Leme no dia 22

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som-câmera-ação Credito-Cris-Azzi

Proporcionar ao público adulto a experiência de aprender a fazer um filme. Esse é o objetivo do projeto Som, Câmera e Ação, que, na sua 2ª edição, acontece em Mateus Leme dos próximos dias 22 a 25 e traz como temática os “Saberes Tradicionais”. 

A iniciativa vai selecionar oito pessoas com mais de 45 anos para participarem de uma oficina de cinema gratuita, com orientação do cineasta Cris Azzi. Após a oficina, o projeto retorna à cidade para exibir o filme em um cinema ao ar livre. O projeto Som, Câmera e Ação conta com patrocínio da Mineração Usiminas, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, realização do Instituto Morada Vivas e apoio das Prefeitura de Mateus Leme.

As inscrições serão disponibilizadas em breve por meio de formulário on-line no Instagram @somcameraeacao. Não é preciso ter experiência em cinema ou saber manusear os equipamentos.

O “Som, Câmera e Ação” proporciona aos participantes uma imersão no audiovisual, na qual poderão vivenciar todas as etapas da realização de um filme. “O objetivo é proporcionar aos alunos uma experiência no mundo do cinema, por meio de uma oficina em que as turmas são convidadas a pensar coletivamente sobre como contar uma história e a desenvolver o filme, desde a ideia ao roteiro, filmagem, edição, lançamento e exibição”, explica Cris Azzi.

A cineasta também destaca que destinar o projeto às pessoas com mais de 45 anos tem sido uma experiência muito rica e diversa. A iniciativa já passou por Itaúna, Itatiaiuçu e Ipatinga.

“Os adultos colecionam muitas memórias e bagagens, aventuras de vida, que são naturalmente incorporadas ao roteiro e transformadas em aventuras cinematográficas. A proposta do Som, Câmera e Ação é oferecer a esse público a oportunidade de uma vivência artística, para que possam lidar com o sensível, com as suas subjetividades e histórias, com as culturas dos lugares onde vivem, e transformar esse legado em cinema.”

Saberes tradicionais

A 2ª edição do projeto traz como temática os “Saberes Tradicionais” e convida os participantes a investigarem sobre o patrimônio cultural das comunidades onde vivem. Em Igarapé, os alunos irão desenvolver um filme a partir das mestras da culinária, consideradas parte do patrimônio do município por preservarem a memória gastronômica e cultural. Muitas delas aprenderam a cozinhar com suas mães e avós, e ainda mantêm costumes e tradições, como o uso de ingredientes cultivados nos quintais de casa, colhidos quase na hora de ir para o prato.

“Esses são os pontos de partida para os alunos pensarem os filmes. A forma como a narrativa será desenvolvida será construída com autonomia, a partir das escolhas que a turma fará dentro desses universos”, comenta Cris Azzi.

Com o filme pronto, o projeto entra na etapa de exibição, e um caminhão leva às cidades onde as oficinas aconteceram uma grande estrutura, com tela de cinema, projeção e som, e exibe o filme para a comunidade, de forma gratuita e democrática. As produções também são disponibilizadas em uma plataforma on-line, para que pessoas de outras cidades e estados possam acompanhar e viver essa experiência cinematográfica.

“Nessa fase, o projeto completa um ciclo importante do cinema, que é produzir, contar histórias e fazer com que essas histórias cheguem ao público”, revela Cris Azzi.