SETE PERGUNTAS PARA: Fernando do Carmo, presidente da ONG Palha de Milho

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Professor Gil Martins de Oliveira e Fernando Batista, fundadores ONG Palha de Milho.

Iniciativas sociais são capazes de transformar a realidade de muitas pessoas. Esse é o caso da ONG Palha de Milho que atua na região da comunidade de Jardim, no distrito de Serra Azul, em Mateus Leme. A organização promove cursos e atividades abertas e gratuitas aos moradores, com foco na convivência e capacitação profissional. Nesta semana, a série “Sete Perguntas” traz o presidente da “Palha de Milho”, Fernando Batista do Carmo, que contou mais detalhes do trabalho desenvolvido em prol da comunidade. Ele tem 30 anos e é um dos fundadores da ONG. Atua profissionalmente como auxiliar de secretaria e é tecnólogo em Gestão Ambiental.

1. Como nasceu a ONG Palha de Milho? A que área ela se dedica? Por que decidiram criar uma ONG em Serra Azul?

A ONG Palha de Milho é uma continuidade dos trabalhos da Biblioteca Comunitária Mãe de Misericórdia, projeto criado pelo Professor Gil Martins que dava suporte à antiga escola da comunidade. A transformação em ONG visou potencializar os projetos voltados à educação e meio ambiente na comunidade de Jardim.

2. Quais as principais atividades desenvolvidas pela ONG? A qual público elas são direcionadas?

Nosso público-alvo são moradores da comunidade de Jardim e demais povoados que compõem o distrito de Serra Azul. Também atendemos aos alunos do Projeto ESCA, principalmente para Cursos de Qualificação Profissional. Atualmente, o foco da ONG são projetos voltados à educação ambiental, ao conviver em comunidade e à qualificação profissional. Entre os projetos ligados à educação ambiental estão o “Sementes do Amanhã “, promovido em parceria com a Escola Municipal Dona Ailza Maria de Jesus de Serra Azul. Sobre o conviver, temos o projeto “Movimenta Jardim ” que visa estimular a prática de atividades físicas, focando na caminhada. Também na comunidade de Jardim, desenvolvemos cursos e oficinas de artesanato.

Para qualificação profissional oferecemos na Comunidade de Jardim cursos nas áreas de Administração e Qualidade. Há ainda capacitação para as seguintes funções: auxiliar administrativo, auxiliar em RH e auxiliar no controle da qualidade. No galpão de qualificação profissional da ONG Palha de Milho, temos também cursos de iniciação à soldagem e de iniciação à tornearia mecânica. Desde a nossa fundação, desenvolvemos o projeto “Formação Humana Cristã” que, em parceria com a Escola Alvino Alcântara Fernandes, trabalha valores da formação humana com os alunos através de palestras e dinâmicas.

3. Quantas pessoas são atendidas pelos trabalhos das ONG hoje? E quantas fazem parte da equipe? De que outra forma vocês contribuem para a comunidade local?

Somando a diretoria executiva e o conselho fiscal somos 12 voluntários. Simultaneamente, temos instrutores voluntários que ministram nossos diversos cursos de qualificação profissional. A quantidade de pessoas atendidas varia de acordo com as atividades. Antes da pandemia tínhamos atividades semanais e isso precisou ser mudado. No caso dos cursos de qualificação, cada um tem o número máximo de alunos por turma. Agora as ações que buscam interação com a comunidade como o artesanato, o Movimenta Jardim e o Café com a Comunidade, que é um bate papo com os moradores que ocorre ocasionalmente, tem público flutuante e sem inscrição.

4. A ONG Palha de Milho sobrevive por meio de doações? Como vocês fazem para custear o desenvolvimento das atividades? Em relação ao voluntariado, existe muita procura?

O custeio ocorre por doações de associados e de pessoas jurídicas. Os voluntários geralmente são do próprio município, com exceção dos instrutores do curso de Tornearia Mecânica, que são de Itaúna e Itatiaiuçu. Alguns voluntários chegaram até a ONG por convite do professor Gil para que atuassem conosco, outros já se oferecem por iniciativa própria.

5. A pandemia mudou o ritmo de várias atividades. Quais eram os planos da organização para este ano? Que tipo de atividade vocês tem conseguido manter e como elas tem ocorrido?

Para esse ano, nossos objetivos centrais eram expandir os cursos de qualificação profissional e as ações de educação ambiental na comunidade de Jardim. Com a pandemia, nos adaptamos. Estamos explorando a tecnologia e ofertando tele aulas nos cursos de artesanato, por exemplo, e lançamos cursos à distância com tutoria, como no caso do de auxiliar no controle da qualidade, para continuar atendendo a comunidade.

6. Como as pessoas podem ajudar a ONG Palha de Milho? E o poder público? Acredita que falta incentivo?

O poder público auxilia a ONG por meio de parcerias, como a concessão em termo de comodato para que utilizemos o espaço da antiga Escola – atualmente Centro Comunitário Domingo Caboclo – para promoção dos cursos e demais atividades para a comunidade. Sinto que a principal ajuda que precisamos é que as pessoas se permitam conhecer o projeto, experimentar e participar das atividades. Toda ajuda, seja financeira, material, doação da mão de obra, é superimportante. Mas, o necessário mesmo é a participação efetiva da comunidade no dia a dia da Associação. Aqueles que desejarem conhecer nossas ações e contribuir de alguma forma podem entrar em contato conosco pelo e-mail ongpalhademilho2010@gmail.com ou pelo telefone (31) 9 8319-1397.

7. Com relação ao futuro da ONG, quais são os planos? O que vocês têm planejado para o pós-pandemia?

Pós-pandemia pretendemos focar no tripé educação ambiental, promoção do conviver em comunidade e qualificação profissional, com a expansão dos cursos e atendimento de mais pessoas da comunidade.

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