SETE PERGUNTAS PARA: Gian Luca Barban, diretor da Tiberina

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A série “Sete Perguntas” desta semana aborda a expansão da planta da Tiberina, em Juatuba. Conversamos com o diretor da unidade, Gian Luca Barban, que explicou um pouco sobre o funcionamento da fábrica, os investimentos realizados e os planos para o futuro da empresa. Formado em Economia pela Universidade de Torino na Itália, Gian Luca iniciou sua carreira profissional na Tiberina em 1999 como gerente de qualidade. Em 2001, assumiu como Diretor da Planta de Suzzara na Itália e, em 2003, se tornou responsável pelo desenvolvimento de produto no Grupo Tiberina. Chegou ao Brasil em 2017 quando tomou posse como Diretor da Planta de Juatuba e no ano de 2019 se tornou COO Tiberina Latam responsável pelas unidades do Brasil e Argentina.

1. Primeiro, pode nos resumir a história da fábrica em Juatuba?

A Tiberina é uma empresa italiana que chegou ao Brasil através de um convite da FCA em 2012. Iniciou suas atividades na cidade de Sete Lagoas e, em seguida, mudou-se para a cidade de Juatuba por assim estar mais próximo da FCA. A Tiberina hoje conta com 21 fábricas, sendo duas delas no Brasil. A unidade de Juatuba está em crescente desenvolvimento desde o início de suas atividades, aumentando significativamente sua produção e aumentando também seu quadro de funcionários. Recentemente, realizamos uma obra de grande porte, com a construção de um quarto galpão para expandir a capacidade produtiva.

2. Em meio a um cenário de crise, a Tiberina faz um movimento de investimento em expansão. A pandemia afetou de alguma forma os resultados da empresa? Como está o cenário nacional e mundial do setor hoje?

Sim, a empresa esteve parada por sete semanas, com zero faturamento em toda região LATAM. A situação da nossa matriz na Itália esteve ainda pior devido ao período de Lockdown que a Itália enfrentou. Em 15 de julho, seguindo a estratégia produtiva do nosso cliente FCA, retornamos com um plano de produção nos mesmos patamares do período pré-covid, apesar do cenário atual, o mercado nacional tem perspectiva de crescimento. Em relação ao cenário mundial ainda há muitas dúvidas e incertezas.

3. Por que investir em Juatuba agora? Como se deu o planejamento dessa expansão? O que está sendo feito na unidade?

Juatuba foi escolhida como centro das operações do grupo Tiberina em 2013 por estar localizada próximo ao nosso principal cliente e pela disposição do município em receber e agilizar a nossa instalação. Seguindo uma estratégia de crescimento LATAM, essa planta precisa sempre estar um passo à frente para atender a prospectiva futura do mercado. O primeiro passo foi a expansão do nosso galpão, haja vista que em 2013 a Tiberina instalou-se com apenas um step. Um segundo foi criado em 2015 e em 2016 a terceira expansão. Em 2020, a construção do quarto step foi finalizada ainda no primeiro semestre, apesar da pandemia. Tudo isso para aumentar nossa capacidade produtiva, seja no processo de estamparia ou no processo de solda.

4. Atualmente, o que é produzido pela Tiberina? Quais os principais clientes da fábrica?

Somos uma empresa de autopeças, produzimos peças estampadas e conjuntos soldados para veículos automotivos. Os nossos clientes são FCA Betim, Jeep Pernambuco, FCA Córdoba, Marelli Pernambuco. Também temos como cliente interno a Tiberina Pernambuco e Argentina.

5. A Covid-19 demandou das empresas readequações na circulação de pessoas e até mesmo nos processos de fabricação. Quais foram as principais medidas adotadas pela Tiberina para segurança dos profissionais e produtos?

Tomamos várias medidas para contermos o avanço do COVID em nossa planta. Fechamos nossa área de lazer, reduzimos a capacidade do nosso restaurante, além de termos aumentado as faixas de horário para as refeições. Todos que passam por nossa portaria, tem sua temperatura aferida, instalamos displays de álcool em gel por toda empresa, investimos em ações de comunicação sobre as formas de prevenção. Desde 11 de maio estamos trabalhando desta forma, e nosso resultado na luta contra a covid é bastante positivo. Não temos nenhum óbito e nenhuma internação grave em nosso quadro de empregados.

6. A expansão oferece também a oportunidade para novas contratações. Isso está nos planos da empresa? Quantas vagas de emprego serão geradas a partir da expansão das operações? Quantos colaboradores a Tiberina emprega hoje?

Já contratamos mais de 80 pessoas desde a volta de nossas atividades em maio. Esse número continuará crescendo nos próximos meses e anos. Atualmente, temos mais de 350 colaboradores. Hoje temos um quadro de aproximadamente 300 funcionários e perspectivas de crescimento de 20 % em 2020 e 20% em 2021.

7. Deixando um pouco de lado a produção, como é o relacionamento da Tiberina com a comunidade Juatubense? A empresa tem projetos de desenvolvimento socioambiental?

Acreditamos que o que podemos fazer de melhor para a comunidade é a geração de emprego, oferecendo benefícios e renda às famílias da comunidade em primeiro lugar. A Tiberina desenvolve outras atividades, em paralelo, de apoio a comunidade como doações para a Apae, patrocínio para projeto da Escola Municipal José Pires Montes, doação de câmeras de segurança para o município, iluminação de natal, doação de cestas básicas para associação do bairro e estamos trabalhando junto com a associação para desenvolver outras ações.

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