Sete perguntas para o vereador Pretinho do Hospital, presidente da Comissão de Enfrentamento à Covid-19

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Arilton Gaudêncio Santiago, mais conhecido como Pretinho do Hospital, tem 57 anos, nasceu e sempre morou em Mateus Leme, cidade que segundo ele, possui “enorme admiração e apreço”. Pretinho é casado, pai de dois filhos e atua há 36 anos na área da saúde, como técnico de laboratório. Atualmente, está em seu terceiro mandato como vereador e ocupa o cargo de Presidente da Comissão de Saúde e da Comissão Provisória de enfrentamento da COVID-19 do Município de Mateus Leme

1. Já virou lugar comum dizer da imensa dificuldade, cansaço e estresse, que passam os profissionais da saúde, sobretudo os que estão na linha de frente da pandemia. No entanto, queria que a senhor falasse como está sendo acompanhar esse tempo, através da Comissão de Enfrentamento da Covid-19? O que tem sido mais desafiador?

A COVID-19 gerou enorme crise no sistema de saúde de todo o país. O empenho e dedicação dos profissionais de saúde têm sido essenciais nesse momento. Tendo em vista o cenário de emergência, a Câmara de Mateus Leme criou a Comissão Provisória de Enfrentamento da Covid-19 com o intuito de dar todo apoio necessário para esses profissionais e para o povo mateus-lemense. O que tem sido mais desafiador é a falta de medicamentos no mercado, escassez de profissionais que atuem na linha de frente, além da falta de conscientização da população.

2. Já se falou muito que a pandemia da Covid-19 é algo muito novo, até mesmo para médicos e outros profissionais que estão à frente do trabalho. Para o senhor, o que é esse novo da doença? De que forma os profissionais da saúde estão aprendendo a lidar com o novo coronavírus?

O novo da doença está atrelado à sua alta taxa de contaminação e facilidade de mutação. Assim, a busca pelo combate ao vírus e pela manutenção das medidas preventivas têm sido incessantes. Os profissionais da saúde estão exercendo um trabalho admirável, já que aprendem a lidar com a doença no dia a dia.

3. Qual é a avaliação que o senhor faz de um ano de pandemia? O que é preciso fazer (ou continuar fazendo) para que as pessoas compreendam a gravidade do momento? O que já foi feito no âmbito político, no caso pela Câmara Municipal?

Em um ano de pandemia a doença se espalhou rapidamente. Ocorreram uma série de transtornos, que afetaram tanto a economia, quanto o psicológico das pessoas e, como reflexo, fomos submetidos à medidas de contenção mais severas, como a adesão à onda roxa. É necessário continuar com as campanhas educativas e com a fiscalização, para que a população entenda a gravidade da doença. A Câmara de Mateus Leme criou a Comissão de Enfrentamento da COVID-19 para a adoção de medidas estratégicas. Dentre as atividades desenvolvidas pela Comissão, podemos destacar as diversas reuniões com o Secretário de Saúde (Dr. Serufo) e a reunião com o Sindicato dos Servidores Públicos. Além disso, a pedido da Comissão, a Câmara repassou R$201.650,00 ao Hospital de Campanha para a aquisição de equipamentos e medicamentos.

4. No seu entendimento, a pandemia poderia ter sido menos destruidora e não ter se prolongado por tanto tempo? Existem falhas dos gestores de saúde e de políticas públicas do país para que o caos se instalasse?

A pandemia poderia ter sido menos destruidora se soubéssemos da sua gravidade desde o início. Não só o Brasil, como o mundo inteiro, não estava preparado para uma doença dessa magnitude. Infelizmente, o Governo Federal demorou para comercializar as vacinas, dando brecha para a propagação do vírus.

5. É possível fazer uma previsão de como estará a população brasileira, e da cidade, quando tudo isso passar? Aliás, é possível prever quando tudo isso irá acabar?

É impossível prever o futuro, mas creio que com muito trabalho e luta seremos capazes de vencer essa batalha. Estamos nos adaptando a essa nova realidade, no entanto, não podemos perder as esperanças de que dias melhores virão, pois em breve, estaremos vacinados.

6. A fala é quase que unânime com relação à morosidade da vacinação. A culpa é mesmo da falta de política e planejamento em nível nacional, para que mais pessoas e em menor tempo tivessem sido imunizadas?

O Governo Federal poderia ter se antecipado na compra das vacinas para que a doença não tomasse grandes proporções.

7. Qual é a opinião do senhor acerca do propalado tratamento precoce contra a Covid-19? Em se confirmando as falhas do uso de medicamentos preventivos quem será responsabilizado?

O tratamento precoce da doença ainda não possui eficácia cientificamente comprovada, logo, cada médico possui autonomia para tratar seus pacientes.

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