Vereadores voltam a criticar iluminação pública e cobram “Canal do cidadão”

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Somente nos dois últimos anos foram gastos mais de R$12 milhões com iluminação pública, e segundo os vereadores muito pouco se tem visto de mudança no quesito iluminação no município. O assunto iluminação pública sempre foi pauta de reclamação dos parlamentares durante o expediente do legislativo. O tema também é constantemente cobrado pelos moradores de diversos bairros de Mateus Leme, que lotam as redes sociais com críticas e imagens da situação. Grande parte da cidade, principalmente localidades mais afastadas, continuam sofrendo com as lâmpadas queimadas e a falta de manutenção da rede.

O expediente dos vereadores foi novamente utilizado para realizar críticas à prestação do serviço, desta vez, pelo vereador Lúcio Madureira, que atualmente está na base do prefeito. De acordo com o parlamentar, ele já cansou de cobrar melhorias na iluminação de diversas localidades, situação que segundo ele está precária e não foi resolvida.

“Eles falam que tem um cronograma, mas pelo o que estou sabendo, não tem cronograma nenhum. O grupo que está trocando as lâmpadas fala que é o secretário quem decide para onde vai. Está bem difícil, pois em minha região são 10 bairros todos escuros. Tentaram inclusive roubar uma mercearia na reta, pois quatro postes na frente do supermercado dele estavam todos queimados. Infelizmente o povo está pedindo socorro, mas infelizmente tem que esperar esse cronograma que não existe”, lamenta.

Irene de Oliveira aproveitou a fala do colega e cobrou o lançamento do “canal do cidadão”, que seria uma plataforma online para que o próprio morador realize o pedido da troca de lâmpada na rua de sua residência. Na época, Wisley disse ao vivo na Câmara que o canal serial criado no início de outubro, mas até o momento, o serviço não entrou em funcionamento. “O cronograma seria seguido conforme o canal online e não por indicação nossa ou do próprio secretário. Eu estou cobrando e nada, nós vereadores estamos de pés e mãos atadas”, disse.

Lúcio solicitou ao líder do governo, José Ronaldo, que trouxesse o cronograma por escrito aos vereadores e que fosse dada mais transparência à Câmara. José Ronaldo acolheu o pedido e disse que iria realizar uma reunião com o secretário de obras.

Valor gasto até agora

Em 2021, o prefeito Renilton Coelho rescindiu o contrato com a empresa Global Construtora e Terraplenagem, que estava administrando a iluminação da cidade desde 2015 e aderiu a uma ata de registro de preços da Prefeitura de Itapagipe, para que a empresa AALOK Locação de Equipamentos Ltda, assumisse a responsabilidade pela iluminação pública de Mateus Leme.

O que mais chamou a atenção da população na época foi o valor de contrato de R$ 2.365.000,00, ou seja, quase R$2 milhões a mais que o da empresa anterior, que era de R$400 mil. O valor unitário de cada equipamento era de em média R$1.093 por luminária.  Mas por incrível que pareça, a AALOK ficou responsável pelo serviço até 31 de dezembro de 2021, trocando apenas 1.857 lâmpadas, e o contrato acabou não sendo prorrogado.

Já neste ano, a prefeitura realizou recentemente a contratação do Consórcio S3 de iluminação pública, através da empresa Selt Engenharia LTDA. Em sabatina na Câmara, o secretário de obras, Wisley Santiago, confirmou que o consórcio receberia cerca de R$10 milhões para a troca de 4.800 lâmpadas de vapor metálico para o modelo Led. Um cálculo simples, feito pela equipe de reportagem apontou que a troca de cada lâmpada vai custar aos cofres públicos cerca de R$2.200, valor superior ao cobrado pela empresa anterior, que era de cerca de R$1 mil.

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